Orçamento secreto: demonizar emendas de relator é retrocesso, diz Lira
Presidente da Câmara afirmou que a situação terá de ser resolvida até dia 3 de dezembro, pois precisa estar consolidada no orçamento
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou, nesta terça-feira (23/11), o fato de as emendas do relator terem sido apelidadas de “orçamento secreto” e afirmou que “demonizar” esse recurso é um “retrocesso”.
O parlamentar, contudo, disse que é necessário resolver com o Supremo Tribunal Federal (STF) até o dia 3 de dezembro, data em que se resolverá a questão do orçamento. Caso contrário, todo o saldo financeiro voltará para o governo federal. A execução das emendas foi suspensa pelo STF por falta de transparência.
“Demonizar as emendas do relator é trazer um retrocesso, porque vamos perder emendas que seriam destinadas a hospitais filantrópicos, escolas, creches, máquinas agrícolas e qualquer benefício que vá para os menores municípios”, pontuou Lira, em entrevista à GloboNews.
“É muito ruim quando a gente trata as coisas por apelidos. O orçamento não é secreto, isso é uma inverdade que machuca a execução de um orçamento que cuida de mudar sempre a vida das pessoas que mais precisam”, acrescentou.
Lira explicou que, se as emendas de relator voltarem para o Executivo, a fiscalização será dificultada. “Aí eu quero ver como você vai controlar a quem o Executivo vai dar, quando vai dar, quanto vai dar e para onde vai”, argumentou. “Isso não é democratizar”, acrescentou.