Opositores e guarda venezuelana voltam a se enfrentar em Pacaraima
Para proteger civis, Exército montou um cordão de segurança do lado brasileiro da fronteira, que funciona com “posto” de triagem
atualizado
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Manifestantes venezuelanos contrários ao presidente Nicolás Maduro e a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) voltaram a entrar em confronto neste domingo (24/2). O conflito começou quando venezuelanos do lado brasileiro cruzaram a fronteira e jogaram pedras em uma coluna da GNB que estava a cerca de 400 metros do marco fronteiriço. A força venezuelana reagiu com bombas de gás lacrimogêneo – algumas caíram em território brasileiro.
A coluna está reforçada por duas tanquetas da GNB, o que não tinha ocorrido no sábado (23). Durante o conflito, as tanquetas avançaram até cerca de 100 metros da linha da fronteira. No sábado, dois sargentos da guarda que participaram dos confrontos com manifestantes desertaram.
De acordo com o coronel José Jacaúna, chefe da Operação Acolhida, realizada há um ano pelo governo brasileiro para receber os refugiados venezuelanos, há uma “permeabilidade seletiva” na fronteira neste domingo. Ou seja, foi montada uma espécie de triagem para permitir a passagem das famílias que quiserem tentar chegar ao lado venezuelano, mesmo com o bloqueio feito pela Força Nacional para evitar novos confrontos.
O Exército Brasileiro montou um cordão de segurança para proteger os civis e a imprensa do lado brasileiro da fronteira. De acordo com o coronel Georges Kanaam, efetivos da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF) fazem parte do contingente que atua na região.