Oposição quer CPI para investigar denúncia de suplente de Flávio Bolsonaro
Parlamentares da Câmara e do Senado pedirão na segunda-feira que seja instaurada uma investigação contra o filho do presidente Bolsonaro
atualizado
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A oposição no Congresso Nacional vai protocolar um pedido para formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias feitas contra ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanaos) pelo empresário Paulo Marinho, suplente dele.
Marinho disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que membros da Polícia Federal teriam avisado o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a operação que apurava a “rachadinha” em seu gabinete de deputado estadual, no Rio de Janeiro.
No Twitter, o ex-líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (PR), informou que o documento que será apresentado na Casa pedirá também a investigação do envolvimento dos integrantes da PF no esquema.
O candidato derrotado do PT nas últimas eleições Fernando Haddad também cobrou, em entrevista ao Metrópoles, que a PF revele quem é o delegado bolsonarista.
Já no Senado, o líder da Minoria, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), declarou que, caso os fatos denunciados sejam comprovados, entrará com pedido de cassação do mandato do senador Flávio Bolsonaro.
“Além disso, iremos peticionar ao inquérito que tramita no STF sobre a interferência de Bolsonaro em investigações em curso na Polícia Federal, para que no âmbito desse inquérito presidido pelo ministro Celso de Mello, o Sr. Paulo Marinho seja ouvido”, escreveu.
Entenda
O empresário suplente de Flávio afirmou que um delegado simpatizante da candidatura do pai à Presidência teria contado sobre as ações futuras e mais: a corporação teria adiado a operação Furna da Onça, que teve em Fabrício Queiroz – ex-chefe de gabinete de Flávio – um dos seus principais alvos.
O objetivo era não permitir que essa revelação prejudicasse o segundo turno das eleições de 2018 – vencida por Jair Bolsonaro (sem partido).