Oposição pede cassação do mandato de Flávio Bolsonaro
Parlamentares apontam “ligação com milícias” e argumentam que ele não pode usar o cargo para atrapalhar as investigações
atualizado
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Parlamentares do PSol, PT, PCdoB e Rede apresentaram nesta quarta-feira (19/02/2020), ao Conselho de Ética do Senado, um pedido de cassação do mandato do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O documento argumenta que Flávio tem “ligação com milícias” e teria praticado crime de lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas por meio de um esquema de “rachadinhas”, investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Esse suposto esquema apontado pelo MP teria ocorrido no gabinete de Flávio, quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro. O pedido aponta ainda a homenagem feita pelo então deputado ao miliciano Adriano da Nóbrega, morto pela polícia baiana no último dia 9.
Parentes de Adriano foram empregados do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O pedido foi entregue diretamente ao presidente do Conselho de Ética da Casa, senador Jayme Campos (DEM-MT).
Acabamos de entregar o pedido de cassação do @FlavioBolsonaro no Conselho de Ética do Senado por suas relações com as milícias, lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas através das rachadinhas. A proposta é de parlamentares do PSOL, PT e Rede.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) February 19, 2020
Embora os supostos crimes tenham ocorrido antes do início do mandato de Flávio Bolsonaro, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, argumentou que ele não pode usar o cargo atual para atrapalhar as investigações.
“PT protocolou com PSol e Rede representação no Conselho de Ética do Senado contra Flávio Bolsonaro por ligação com milicianos do Rio de Janeiro e envolvimento no esquema de rachadinhas com dinheiro público na Alerj. Não se pode usar o cargo no Senado para atrapalhar investigações”, defendeu.
PT protocolou com PSOL e Rede representação no Conselho de Ética do Senado contra Flávio Bolsonaro por ligação com milicianos do Rio de Janeiro e envolvimento no esquema de rachadinhas c/ dinheiro público na Alerj. Não se pode usar o cargo no Senado para atrapalhar investigações
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 19, 2020