metropoles.com

Oposição no congresso decide pressionar PMDB a apoiar o impeachment

A avaliação dos parlamentares oposicionistas é que somente com a adesão dos peemedebistas ao afastamento de Dilma será possível superar o impasse da crise política

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Congresso Nacional
1 de 1 Congresso Nacional - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em encontro no gabinete do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) nesta quinta-feira (17/3), lideranças da oposição decidiram pressionar o PMDB a apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A avaliação dos parlamentares oposicionistas, que se reuniram no momento da solenidade de posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula para ministro da Casa Civil, é que somente com a adesão dos peemedebistas ao afastamento de Dilma será possível superar o impasse da crise política.

“Queremos uma posição do PMDB, é o fiel da balança”, disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), após a reunião. “O PMDB tem de sair do muro, porque o povo já derrubou o muro. Não dá mais para navegar numa posição de ser carne ou peixe”, reforçou o líder do DEM da Casa, Ronaldo Caiado (GO).

Os oposicionistas consideram que, com o agravamento da crise, o PMDB precisa se pronunciar. A legenda preside a Câmara, com Eduardo Cunha (RJ), e o Senado, com Renan Calheiros (AL). Ficou decidido que os contatos com Renan e com o vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, serão intensificados para se encontrar uma solução.

Reunião
Durante a reunião, o presidente do PSDB telefonou para Renan Calheiros a fim de pedir a ele que garantisse a abertura da sessão do plenário do Senado. Renan disse que iria se empenhar para isso. A sessão foi aberta por volta das 12h30 em clima de muita tensão entre governistas e oposicionistas.

Para o líder tucano, após a revelação dos grampos, aumentaram os motivos para que a presidente Dilma seja afastada do cargo. A oposição diz que houve obstrução de Justiça quando a presidente foi flagrada na interceptação tentando informar a Lula sobre o termo de posse dele, que serviria para garantir foro privilegiado ao ex-presidente.

“Se já existiam motivos para o impeachment, eles agora estão sobrando”, avaliou Cássio Cunha Lima, para quem não houve qualquer ilegalidade na divulgação do diálogo entre Dilma e Lula pelo juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância pela condução das investigações da Operação Lava Jato.

Abertura de inquérito
Líderes do PPS, DEM, PSDB e Solidariedade pretendem encaminhar na tarde desta quinta-feira (17/3) à Procuradoria Geral da República (PGR) uma representação solicitando a abertura de inquérito contra a presidente Dilma Rousseff. Para a oposição, a petista pode ser enquadrada na prática de crimes de prevaricação, fraude processual e favorecimento pessoal ao nomear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil.

Os oposicionistas acreditam que se as investigações resultarem em denúncia acolhida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a petista pode ser afastada do cargo em 180 dias. “O ato de nomeação de Lula, por si só, já caracteriza clara obstrução da Justiça. E isso ficou ainda mais claro nas gravações divulgadas na quarta (16), que mostram Dilma combinando com Lula o desfecho de um crime contra a Justiça e contra o povo brasileiro Tenho certeza que o Ministério Público Federal cumprirá sua missão”, afirmou, por meio de nota, o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).

Na representação, os deputados afirmam que Dilma nomeou Lula como ministro-chefe da Casa Civil “não pelo seu mérito e sua suposta contribuição para o governo, mas apenas para a utilização do cargo como subterfúgio para o deslocamento de competências estabelecidas pela Constituição Federal”.

Os parlamentares alegam que as gravações divulgadas na quarta, mostram que a intenção da petista era nomear Lula para obstruir a Justiça. Além de Rubens Bueno, assinam a representação os líderes do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), do DEM, Pauderney Avelino (AM), do Solidariedade, Genecias Noronha (CE), e da minoria, Miguel Hadadd (PSDB-SP).

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?