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Oposição anuncia “obstrução” da pauta por investigação contra Moro

Líderes da oposição disseram que estão em discussão com membros do Centrão para tentar aprovar uma ação conjunta

atualizado

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jandira feghali debate
1 de 1 jandira feghali debate - Foto: Youtube/Reprodução

A líder da minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse, nesta segunda-feira (10/06/2019), que enquanto as investigações contra o ministro da Justiça, Sergio Moro, não avançarem, a oposição entrará em obstrução total na Câmara dos Deputados e irá impedir, inclusive, a apresentação do parecer da reforma da Previdência, prevista para esta quinta-feira (13/05/2019), na comissão especial.

“Iremos obstruir todas as pautas enquanto não forem tomadas medidas concretas. Não vamos votar nada, nem permitir a leitura do relatório da Previdência”, disse.

Questionada se o Centrão também irá adotar o mesmo posicionamento, Jandira afirmou que o bloco está “conversando com as lideranças, inclusive com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “

“Cabe ao Parlamento. Não apenas à esquerda e à oposição cobrar as investigações. Porque tem um grande impacto na democracia brasileira. Também é um problema da Procuradoria Geral da República”, acrescentou.

O líder do PT na Casa, Paulo Pimenta (RS), disse que essas medidas são de caráter “cautelar” que precisam ser adotadas para garantir as investigações de Moro. Ele pede o afastamento do ministro o quanto antes e que celulares funcionais também sejam investigados.

Revelação
O site The Intercept revelou, no último domingo (09/06/2019), uma série de conversas telefônicas entre integrantes da Lava Jato, na qual há uma suposta ingerência do ex-juiz Sergio Moro na atuação dos procuradores. A publicação apresentou mensagens privadas, gravações em áudio, fotos, vídeos e documentos judiciais que foram compartilhados entre o agora ministro da Justiça e o procurador. Essa situação, no entanto, seria questionável, pois no sistema acusatório no processo penal brasileiro o acusador e o julgador não podem se misturar.

Procurado, Moro criticou a reportagem e lamentou “a falta de indicação de fonte de pessoa responsável pela invasão criminosa de celulares de procuradores. Assim como a postura do site, que não entrou em contato antes da publicação, contrariando regra básica do jornalismo”.

O ministro minimizou a denúncia e disse ainda que as mensagens trocadas não apresentam “qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado”. Alegou, inclusive, que trechos foram retirados de contexto.

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