Oposição aciona STF após Bolsonaro associar vacina à Aids
Bancada do PSol na Câmara e o deputado Túlio Gadêlha entraram com notícia-crime contra o presidente
atualizado
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A bancada do PSol na Câmara e o deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE) protocolaram, nesta segunda-feira (25/10), uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por associar vacinas contra a Covid-19 ao desenvolvimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids).
A ação argumenta que houve violações ao Código Penal, infração de medida sanitária preventiva e perigo para a vida ou saúde de outrem, à Constituição Federal, princípio da moralidade, à Lei de Improbidade Administrativa e crime de responsabilidade.
A declaração de Bolsonaro ocorreu durante a live semanal na última quinta-feira (21/10) e gerou críticas de políticos e de entidades médicas e científicas. As redes sociais Facebook e Instagram derrubaram o vídeo do presidente.
A líder do PSol na Câmara, Talíria Petrone (RJ), disse que a bancada do partido e Gadêlha entrariam com a notícia-crime contra Bolsonaro “pela mentira que associa as vacinas contra Covid ao HIV/Aids”. “Esse genocida não pode sair impune de um absurdo como esse”, escreveu a deputada.
No final de semana, a Sociedade Brasileira de Infectologia divulgou nota desmentindo a relação entre o imunizante e a doença levantada por Bolsonaro.
“O presidente da República mentir sobre a vacinação – utilizando um site conspiracionista e conhecido pelas fake news – além de um ato criminoso, é um absoluto desrespeito para com o país e com as famílias enlutadas”, diz a notícia-crime.
“Jair Bolsonaro coloca sua ideologia autoritária acima das leis do país, mentindo de forma criminosa sobre as vacinas, colocando em risco uma estratégia que vem diminuindo drasticamente o número de mortes no país. A cruzada do presidente Jair Bolsonaro contra a ciência e a vida continua. É fundamental que os poderes constituídos tomem as providências cabíveis para punir os responsáveis pelos atentados contra a saúde pública do povo brasileiro”, acrescenta.
Veja a notícia-crime:
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