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Onyx nega ter recebido repasse da JBS em 2012

Ministro extraordinário diz que já admitiu “erro” em 2014 e que acusações têm como objetivo desestabilizar governo Bolsonaro

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Edilson Rodrigues/Agência Senado
Onyx Lorenzoni ministro bolsonaro
1 de 1 Onyx Lorenzoni ministro bolsonaro - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ministro extraordinário da Transição, Onyx Lorenzoni, negou nesta quarta-feira (14/11) que tenha sido beneficiado com repasses da JBS, em 2012. Ele reconheceu ter recebido dinheiro da empresa em 2014, “erro” que admitiu publicamente. O ministro reclamou que as informações divulgadas sobre ele têm o objetivo de desestabilizar o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

“Nada temo. Não é a primeira vez que o sistema tenta me envolver com a corrupção. Eu combato a corrupção e essa é a história da minha vida”, disse Onyx, após participar de um café da manhã com Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Já faz um ano que muitos tentam destruir Jair Messias Bolsonaro, seus filhos e colaboradores, quem está próximo deles. Qual foi a resposta da sociedade brasileira? Uma vitória esmagadora”, disse o ministro.

As declarações de Onyx respondem a uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, na qual detalham as planilhas da JBS e um suposto repasse, no valor de R$ 100 mil, para Onyx.

De acordo com a reportagem, o pagamento a “Onyx-DEM” foi feito em 30 de agosto daquele ano, em meio às eleições municipais. Segundo os colaboradores, o dinheiro foi repassado em espécie. Na época, o deputado não concorreu a cargos eletivos, mas era presidente do DEM no RS e apoiou vários candidatos.

Ainda segundo o jornal, nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não consta doação oficial da JBS ou da J&F – holding que a controla – para a sigla naquelas eleições.

“Erro”
Os dois pagamentos estão sendo investigados desde agosto, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. A pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), ele determinou a instauração de uma petição autônoma – espécie de apuração preliminar – sobre as suspeitas de contribuições ilegais a Onyx e mais 35 políticos.

Em 3 de maio do ano passado, o ex-diretor de Relações Institucionais da J&F Ricardo Saud entregou à PGR um anexo de sua colaboração informando que a JBS doou via caixa dois R$ 200 mil a Onyx em 2014. Foi após o caso ser divulgado que o deputado admitiu ter recebido R$ 100 mil da empresa. Ele não mencionou pagamento em 2012. Onyx afirmou que o dinheiro foi usado para quitar gastos eleitorais e concordou que deveria “pagar pelo erro”.

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