Discurso de posse será “papo reto” de “muita fé” na mudança, diz Onyx
Deputado federal, ele assumirá Casa Civil na quarta-feira , em meio a uma denúncia de uso indevido de verba da Câmara
atualizado
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O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), compareceu à residência oficial da Granja do Torto nesta segunda-feira (31/12) para visitar o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Em frente ao local, o braço direito do futuro chefe do Executivo federal disse que o discurso do próximo presidente da República está pronto e revisado, mas não forneceu detalhes da primeira mensagem de Bolsonaro à nação.
“Vai ser um discurso de muita fé num Brasil que vai mudar com muita humildade, como é do jeito dele. E aquela coisa, curto, papo reto, direto. É o Bolsonaro”, afirmou, após uma série de fotos e um pedido aos bolsonaristas. “Vamos continuar orando tá? Para que nós ajude a acertar, não errar”, pediu na saída da Granja do Torto.
Questionado se o presidente pretende tratar da reforma da Previdência em seu discurso, o futuro ministro desconversou: “Deixa ele relaxar, se preparar e curtir amanhã”.
O carro que levou Onyx Lorenzoni ao encontro do presidente eleito parou para o próximo ministro fazer imagens dos apoiadores na chegada à Granja do Torto. “Fala aí para eu mostrar para ele [Bolsonaro]”, disse, enquanto gravava os eleitores que estão no Torto. Lorenzoni não disse se irá passar a virada no local, mas garantiu que o presidente eleito estará lá quando 2019 começar.
Onyx Lorenzoni tomará posse como titular de uma das pastas mais importantes do governo na quarta-feira (2/1), em meio a uma denúncia de uso indevido de passagens pagas pela Câmara dos Deputados. Nesta segunda, ao ser perguntando sobre o caso na porta da Granja, ele não quis responder. Enquanto isso, os jornalistas que fizeram as perguntas foram vaiados e xingados pelos apoiadores do futuro governo que estavam por lá.
Mais cedo, Lorenzoni admitiu ter usado verba da Câmara para voar pelo país em atos de campanha de Bolsonaro, conforme revelou o jornal Folha de São Paulo. Em entrevista à Radio Gaúcha, ele considerou não ter cometido qualquer irregularidade e, por isso, não precisar explicar nada.
“Eu não tenho que me defender de nada. Está tudo dentro, rigorosamente, dentro da legislação da Câmara dos Deputados. Enquanto congressista e deputado, eu tenho a prerrogativa e direito de andar no lugar do Brasil que eu quiser e eu estava ajudando a construir o que, hoje, nós estamos vivendo: a transição de um novo futuro para o nosso país”, alegou. (Com informações da Agência Estado)