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Onyx anuncia PF no caso da Covaxin e chama denúncia de “fantasia”

Ministro da Secretaria-Geral afirmou que a denúncia de deputado sobre irregularidades na compra da Covaxin é “conversa de boteco”

atualizado

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Onyx Lorenzoni
1 de 1 Onyx Lorenzoni - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, disse nesta quinta-feira (24/6) que o governo federal vai encaminhar à Polícia Federal (PF) um pedido de perícia em documentos trocados entre o Ministério da Saúde e a empresa Bharat Biotech.

“Vamos encaminhar, ao longo do dia de hoje, o pedido para que a Polícia Federal proceda, por meio dos seus peritos, a análise desses documentos, para verificar a autenticidade deles”, disse Onyx em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da Band.

Segundo o chefe da Secretaria-Geral, o presidente da República enviou ao ministro da Justiça, Anderson Torres, pedido para que a PF instaure uma investigação para apurar todos os fatos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Controladoria-Geral da União (CGU) também deverão ser acionadas.

Na quarta-feira (23/6), o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) denunciou suposto favorecimento no contrato para aquisição das vacinas Covaxin pelo Ministério da Saúde. O irmão dele, Luis Ricardo Miranda, é servidor concursado da pasta e relatou pressões pela compra do fármaco. O deputado alertou um ajudante de ordens do presidente sobre uma possível corrupção no processo de aquisição do imunizante indiano.

Onyx sugeriu que o invoice, espécie de nota fiscal de importação, apresentado pelo congressista seria falso. Lorenzoni alega ainda que o documento apresenta uma série de diferenciações, como número incorreto de doses.

“Primeiro: deixar claro não houve superfaturamento nenhum, foi um erro matemático, não nosso, de quem apresentou a matéria. Segundo: não houve favorecimento a ninguém. Terceiro: não houve, até hoje, o gasto público, nem sequer de um centavo público, na aquisição dessa vacina”, afirmou o ministro.

O ministro chamou a denúncia apresentada pelo congressista de “conversa de boteco” e “fantasia absoluta”. “Não tenho nada contra esse deputado, sempre foi tratado com muito educação e muito respeito, acho que ele praticou grande traição ontem”, prosseguiu.

Ainda segundo Onyx, o presidente Bolsonaro provocou o então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, para uma verificação preliminar sobre a compra do imunizante indiano, mas o secretário-executivo da pasta, coronel Élcio Franco, não teria verificado irregularidades.

Possível convocação pela CPI

Questionado sobre uma possível convocação pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Onyx disse que seria uma honra ser chamado pelo Senado Federal.

“Com muita tranquilidade, eu considero uma honra ser chamado pelo parlamento brasileiro. Eu vivo lá dentro há cinco mandatos, é a representação da sociedade, com todas as dificuldades e problemas. A tripartição de Poderes é exatamente para fazer divisão dos Poderes, para que sociedade tenha mecanismos de defesa, mas também pode ser usada para atacar, inclusive o PR. Se for convocado, eu vou me sentir honrado em ir lá e prestar todos os esclarecimentos. Não temos invencionice, temos fatos”, disse o ministro.

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