Onyx aguarda aval de Bolsonaro para levar indicação de Eduardo ao Senado
Ministro informou que o presidente ainda não deu a ordem para que o nome seja levado oficialmente
atualizado
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O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), afirmou que falta apenas a “ordem” do presidente para que ele envie ao Senado a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para assumir a embaixada brasileira nos Estados Unidos. “Precisamos da ordem do presidente”, destacou.
Toda a indicação de embaixador precisa, por força de lei, passar pelo crivo dos senadores. Ao longo de discurso proferido pelos seus primeiros 200 dias no cargo, Bolsonaro mandou um recado ao presidente do Senado, indicando que, caso seu filho não seja aprovado, ele viraria ministro das Relações Exteriores no lugar de Ernesto Araújo.
“Essa possível indicação passa pelo Senado. Acredito que a sabatina será feita com rigor e ele será aprovado”, disse o presidente. “Essa possível indicação passa por vocês, Davi Alcolumbre. Agora vamos supor, em um caso hipotético, eu chamar o Ernesto pra ser embaixador e colocar meu filho de ministro”, sugeriu.
Onyx, da mesma forma, mostrou otimismo na aprovação do atual deputado pelo PSL de São Paulo no Senado. “Na minha expectativa, se o presidente nos der esse comando, não tenho nenhuma dúvida de que os senhores [jornalistas] serão convidados para cobrir a posse do senhor Eduardo Bolsonaro em Washington”, disse.
“Eu tenho certeza de que na próxima manifestação popular que houver no Brasil, a população, assim como pediu reforma da Previdência, assim como defendeu o ministro Sergio Moro, vai depender, sim, Eduardo Embaixador em Washington”, prosseguiu.
Corporativismo
O presidente, que iniciou a sua carreira no Exército, negou que, ao estabelecer regras de aposentadoria mais brandas para militares, estaria sendo corporativista. Ele voltou a dizer, no entanto, que as forças armadas são responsáveis pela democracia no Brasil.
“Nós temos uma linha que eu tenho de seguir, foi isso que fez o povo brasileiro confiar em mim. Eu não sou corporativista, mas procuro atender as forças armadas, que são responsáveis pela nossa democracia”, disse. “Quem veio trabalhar comigo sabe da minha posição. Não posso ter um ministro falando favoravelmente ao desarmamento, se a minha linha não é essa. Tenho que defender a linha e as bandeiras que fizeram o povo acreditar em mim”, prosseguiu.
Na sequência, o presidente voltou a criticar os seus antecessores. Segundo ele, em respeito às famílias, proibiu gastos públicos com assuntos e temas que não estejam de acordo com os valores conservadores. “Formamos um time, e esse time entrou em campo. Eu não posso admitir que com dinheiro público se faça filme como da Bruna Surfistinha”, citou.
Acompanhado de vários de seus ministros, entre eles o da Economia, Paulo Guedes, além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) comemorou, na tarde desta quinta-feira (18/07/2019), 200 dias de mandato. Na ocasião, ele apresentou um balanço desses pouco mais de 6 meses de governo.
Todo o governo tentou, durante o evento, ressaltar que o Palácio do Planalto e suas pastas estão cumprindo as promessas de campanha. “Temos mais de 50 entregas já feitas. É só o começo de um governo que está voltado para o seu povo”, afirmou o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o primeiro a falar.
Saque do FGTS
A expectativa inicial do Planalto era oficializar, também nesta tarde, as regras para o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, como a equipe econômica não teve tempo hábil de finalizar o programa, apesar do anúncio, a parte prática da medida ficará para a próxima semana.
Segundo o ministro Onyx Lorenzoni, os técnicos ainda fazem ajustes na medida provisória que trata do FGTS e do PIS/Pasep. De acordo com ele, a divulgação dos detalhes de quem poderá sacar a verba e quanto deve ser feita entre quarta-feira (24/07/2019) e quinta (25/07/2019), a depender da agenda do presidente Bolsonaro.