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Onde e o que estudaram os 22 ministros de Jair Bolsonaro?

Maioria da futura cúpula federal cursou direito ou engenharia. Diplomas são de instituições do Brasil (inclusive DF), Europa, EUA e Colômbia

atualizado

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Rafael Carvalho/Governo de Transição
bolsonaro e ministros
1 de 1 bolsonaro e ministros - Foto: Rafael Carvalho/Governo de Transição

Ao longo da campanha vitoriosa que o credenciou a assumir a partir de 1º de janeiro o comando do país, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), adotou o discurso de que indicaria uma equipe ministerial que, em suas palavras, estaria comprometida com a sociedade e seria formada de acordo com critérios técnicos. Com os 22 ministérios completos, é possível notar preferências e similaridades nas escolhas do futuro chefe do Executivo federal.

Queridinho entre os estudantes das chamadas ciências humanas, o curso de direito consta no currículo de boa parte dos próximos ministros da gestão Bolsonaro. Essa é a formação de André Luiz Mendonça (Advocacia-Geral da União), Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional).

Atual ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União e garantido no cargo por Bolsonaro, Wagner Rosário tem como assessor especial André Luiz de Almeida Mendonça. Ambos estudaram na Universidade de Salamanca, a mais antiga da Espanha e dona de uma das tradições mais eloquentes do Velho Continente. Por lá passaram figuras ilustres, como Hernán Cortés, dominador espanhol que conquistou o território onde hoje é o México.

Rosário, militar de formação e mestre em educação física – seu trabalho final foi sobre suplementação –, alcançou o mesmo título na universidade espanhola no curso de Combate à Corrupção e Estado de Direito. Mendonça, por sua vez, foi premiado pelos trabalhos de mestre e doutor em direito pela mesma instituição. Ele tem publicações sobre combate à corrupção e improbidade administrativa.

Onde e o que estudaram os ministros de Bolsonaro? 

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Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno
Superministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes é mestre em economia pela Universidade de Chicago (EUA), graduado em economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pós-graduado em economia pela Fundação Getulio Vargas (FGV)
Gustavo Bebianno morreu em 2020 de infarto em seu sítio na cidade de Teresópolis (RJ)
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Futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) cursou medicina veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Rafael Carvalho/Governo de transição
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Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno

Igo Estrela/Metrópoles
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Rafael Carvalho/Governo de transição
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Superministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes é mestre em economia pela Universidade de Chicago (EUA), graduado em economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pós-graduado em economia pela Fundação Getulio Vargas (FGV)

Rafael Carvalho/Governo de transição
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Gustavo Bebianno morreu em 2020 de infarto em seu sítio na cidade de Teresópolis (RJ)

Rafael Carvalho/Governo de transição
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Hugo Barreto / Metrópoles
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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Ian Ferraz/Metrópoles
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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

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Fernando Azevedo e Silva, que comandará a Defesa, também cursou a Academia Militar das Agulhas Negras. Ele é mestre em aplicações militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO); doutor em aplicações, planejamento e estudos militares pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme); especialista em política, estratégia e alta administração militar pela Eceme; e tem MBA em administração de negócios pela FGV

Rafael Carvalho/Governo de transição
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Rafael Carvalho/Governo de transição
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O colombiano naturalizado brasileiro Ricardo Vélez Rodríguez foi ministro da Educação por pouco mais de três meses

Rafael Carvalho/Governo de transição
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Tarcísio Freitas, próximo titular da Infraestrutura, tem pós-graduação em aplicações militares, gestão da cadeia de suprimentos e logística pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, e MBA Executivo em gerenciamento de projetos da FGV. Tarcísio é graduado em engenharia de fortificação e construção pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e bacharel em ciências militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman)

Rafael Carvalho/Governo de transição
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Rafael Carvalho/Governo de transição
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Wagner Rosário, ministro da Controladoria-Geral da União

Adalberto Carvalho/Ascom/CGU
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André Mendonça

Rafael Carvalho/Governo de transição
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Deputado Marcelo Álvaro (PSL-MG) foi escolhido para o Ministério do Turismo. Ele não concluiu o curso de engenharia civil pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH)

Valter Campanato/Agência Brasil
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Luiz Henrique Mandetta (Saúde), que será ministro da Saúde, estudou medicina na Universidade Gama Filho (UGF); tem especialização em ortopedia pelo Serviço de Ortopedia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e subespecialização em ortopedia infantil pelo Scottish Rite Hospital for Children em Atlanta (EUA)

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Deputado federal Osmar Terra (MDB-RS)

Rafael Carvalho/Governo de transição
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Ministra Damares se manifestou sobre o caso

Valter Campanato/Agência Brasil
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O almirante Bento Costa, que será ministro de Minas e Energia, tem pós-graduação em ciências políticas pela Universidade de Brasília (UnB); MBA em gestão internacional – COPPEAD – pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e MBA em gestão pública pela FGV

Divulgação
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Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia

Rafael Carvalho/Governo de Transição
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina

Rafael Carvalho/Governo de transição

 

Exatas
Além da turma de humanas, há um grupo de futuros ministros que optou por cursos das ciências exatas. A maior parte deles graduou-se em engenharia. Tereza Cristina é engenheira agrônoma pela Universidade Federal de Viçosa (MG). Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, graduou-se em engenharia de fortificação e construção pelo Instituto Militar de Engenharia (IME).

Nesse grupo, há também o futuro ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que não completou o curso de engenharia civil em Belo Horizonte. Gustavo Canuto, do Desenvolvimento Regional, optou pela área de computação, e o general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, engenharia civil.

Futuro ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o astronauta Marcos Pontes estudou engenharia aeronáutica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e é mestre em engenharia de sistemas pela californiana Naval Postgraduate School (EUA).

Aman
Outro grupo que compõe parte do governo reúne altos oficiais graduados pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Localizada em Resende (RJ), a instituição é responsável por formar os oficiais combatentes de carreira das armas de infantaria, cavalaria, artilharia, engenharia e comunicações.

Além dos generais do Exército Augusto Heleno, Fernando Azevedo e Silva e Carlos Alberto dos Santos Cruz, Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Wagner Rosário (CGU) também estudaram na Aman.

Heleno se destacou entre os colegas desde a graduação na Academia Militar de Agulhas Negras, em 1969, quando conquistou o primeiro lugar na turma da arma de cavalaria. Também teve a melhor colocação na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e na Escola de Comando e Estado Maior do Exército (Eceme).

Economia
Batizado por Bolsonaro de “Posto Ipiranga” durante a campanha, o superministro da Economia, Paulo Guedes, concluiu parte dos seus estudos na renomada Universidade de Chicago. Com viés liberal, o conjunto de ideias dessa universidade já foi aplicado em diversos países, como no Chile, durante a ditadura de Augusto Pinochet, nos governos de Margaret Tatcher, na Inglaterra, e de Ronald Reagan, nos Estados Unidos.

Parte da sua equipe também passou pela instituição. Ex-ministro de Dilma Rousseff e futuro presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Joaquim Levy, estudou lá.

De Brasília

Hugo Barreto/Metrópoles

As instituições de ensino de Brasília também têm ex-alunos no governo Bolsonaro. Além do futuro chanceler Ernesto Araújo, formado em letras, André Luiz Mendonça (AGU), Osmar Terra (Cidadania) e o almirante Bento Costa (Minas e Energia) saíram das fileiras da Universidade de Brasília (foto em destaque).

Wagner Rosário (CGU) cursou educação física na Universidade Católica. Já Gustavo Canuto, futuro titular da pasta de Desenvolvimento Regional, estudou direito no antigo Centro Universitário de Brasília (atual UniCeub).

Saúde
Futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni cursou medicina veterinária na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Indicado para a pasta da Saúde, Luiz Henrique Mandetta é médico formado pela Universidade Gama Filho (UGF). Ele tem especializações em ortopedia pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e na Scottish Rite Hospital for Children, de Atlanta (EUA).

Escolhido para o ministério da Cidadania, Osmar Terra é médico com mestrado em neurociência. Ele se graduou na Universidade Federal do Rio de Janeiro e fez especialização em saúde perinatal na UnB.

Conheça algumas das principais universidades internacionais que formaram os futuros ministros da gestão Bolsonaro: 

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Universidade de Coimbra, em Portugal
Universidade de Chicago: Guedes e parte de sua equipe econômica estudaram na instituição
Universidade de Salamanca, na Espanha: uma das mais belas e antigas do país, também está entre as mais antigas da Europa
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Caminho espelhado para Geisel Library, a biblioteca principal da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA)

IStock
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Universidade de Coimbra, em Portugal

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Universidade de Chicago: Guedes e parte de sua equipe econômica estudaram na instituição

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Universidade de Salamanca, na Espanha: uma das mais belas e antigas do país, também está entre as mais antigas da Europa

IStock

 

Currículo e textos on-line
Há quem tenha páginas pessoais, nas quais contam trajetória de vida e publicam textos. É o caso dos futuros ministros Osmar TerraMarcos PontesOnyx LorenzoniTereza CristinaMarcelo Álvaro Antônio e Ernesto Araújo

O que Bolsonaro falou sobre a formação do governo antes e após as eleições:

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