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Omar Aziz diz a Wajngarten: “Prisão seria o menor dos castigos”

Presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, disse que o ex-secretário de Comunicação da Presidência deve se preocupar com credibilidade e legado

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Fábio Wajngarten
1 de 1 Fábio Wajngarten - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), disse nesta quarta-feira (12/5) ao ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten que a prisão dele seria o menor dos problemas que teria na vida e o alertou para ter cuidado com a credibilidade.

“Quanto ao Fabio Wajngarten, a prisão seria o menor dos castigos. Hoje, você entregou um documento que ninguém teria. Você vai sofrer. A experiência que eu tenho de vida, é que a ela machuca a gente. A prisão não seria nada mais terrível do que você perder a credibilidade, a confiança e o legado que você construiu até hoje”, declarou.

“Outro ministro vai voltar aqui porque mentiu muito. Até mais do que você. Ele vai voltar”, completou ele, em referência ao atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O depoimento do ex-secretário durou mais de 9 horas.

Aziz pediu também que a Mesa da CPI retirasse dos anais as ofensas do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos -RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, ao relator Renan Calheiros (MDB-AL).

“Queria pedir para a Mesa retirar as ofensas que foram proferidas em plenário contra o senador Renan e peço encarecidamente aos senadores que serão muito bem vindos à CPI, mas com todo o respeito que um senador merece com o outro. Divergências políticas teremos sempre, aqui é uma Casa política, mas essa CPI precisa ser técnica.”

Mais cedo, Flávio Bolsonaro chamou Calheiros de “vagabundo”. O emedebista devolveu: “Vagabundo é o senhor, que roubou dinheiro do pessoal do seu gabinete”, numa referência ao suposto esquema das rachadinhas.

Falso testemunho

A CPI da Covid vai enviar ao Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) requerimento solicitando a análise das declarações dadas pelo ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten.

Omar Aziz atendeu um pedido do senador Humberto Costa (PT-PE). “Trata-se de percepções de diversos senadores sobre o depoimento da testemunha ouvida na data de hoje, sendo certo que cabe ao ilustre MPF, nos termos do § 3º do art. 58 da Constituição Federal e do art. 151 do Regimento Interno do Senado Federal, a responsabilização civil ou criminal do infrator”, diz trecho do despacho.

“É importante que o Ministério Público averigue se o depoente infringiu o Código Penal, oferecendo a esta Comissão Parlamentar de Inquérito falso testemunho ou falsa perícia”, acrescenta.

Veja a íntegra do documento:

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Wajngarten foi convocado após revelar, em entrevista à revista Veja, que o Ministério da Saúde falhou na aquisição de vacinas contra a Covid-19, sobretudo na compra de doses da Pfizer, que havia contatado o governo brasileiro em agosto de 2020. Ele chegou a usar a palavra “incompetência”.

Segundo o ex-secretário, houve “mau assessoramento” de Bolsonaro na condução da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Mas ele negou a existência de um “ministério paralelo”.

O ex-secretário relatou ter se reunido com diretores da Pfizer para discutir cláusulas e, assim, conseguiu reduzir preços e obter compromissos de antecipação da entrega de lotes do imunizante, mas o acordo não prosperou.

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Ex-secretário Fabio Wajngarten na CPI da Covid-19
Fabio Wajngarten na CPI da Covid
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Ex-secretário Fabio Wajngarten na CPI da Covid

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Os parlamentares afirmaram que ex-secretário teria mentido na CPI da Covid ao dizer que não tinha conhecimento da existência de um “ministério paralelo”.

“Vossa senhoria é a prova da existência dessa consultoria [paralela] porque iniciou essa negociação, dizendo-se em nome do presidente. É a prova. Vossa excelência é a primeira pessoa que incrimina o presidente da República”, declarou Renan Calheiros (MDB-AL), que pediu a prisão de Wajngarten , acrescentando que vai requisitar os áudios à revista.

Wajngarten foi o quinto a depor na CPI. Antes dele, os senadores ouviram o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, e os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.

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