Olímpio nega liberação de emendas a mando de Bolsonaro pró-Previdência
Em troca de votos favoráveis, governo teria prometido R$ 40 milhões extras, segundo líderes das siglas DEM, PP, PSD, PR, PRB e Solidariedade
atualizado
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Líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP) negou, na tarde desta quarta-feira (24/04/2019), que o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), tenha oferecido R$ 40 milhões extras em emendas parlamentares, até 2022, a cada deputado que votar favorável à reforma da Previdência na Câmara.
“Ninguém ouviu esse tipo de proposta indecorosa e criminosa vinda do presidente [Jair Bolsonaro]”, afirmou Olímpio nesta tarde.
O parlamentar disse ainda que ficou “estarrecido” com a acusação. “Os partidos têm de se manifestar sobre esse o conteúdo da conversa, se ela aconteceu de fato. Porque o Bolsonaro tornou-se presidente com a bandeira de combate a corrupção e tem manifestado de forma intransigente o seu desejo que não haja o toma lá dá cá”, completou o major.
A liberação de emendas em troca de votos teria sido confirmada por líderes das siglas DEM, PP, PSD, PR, PRB e Solidariedade à Folha de São Paulo. De acordo com o jornal, a proposta foi feita na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ): o democrata negou a informação também nesta tarde.
Atualmente, congressistas podem receber R$ 15 milhões em emendas parlamentares a cada ano. Com a sugestão de Lorenzoni, o valor chegaria a R$ 25 milhões.
“Duvido que o presidente iria permitir a venda de voto dessa maneira. Está se avançando [a aprovação da reforma da Previdência] porque está tendo sintonia com o que a população quer de fato. De uma maratona de 42km ontem [terça], só corremos o primeiro quilômetro. A partir da comissão especial que se vai acelerar e que o pau vai comer mesmo”, garantiu o senador.