Olímpio: Bivar deve se reunir na 4ª feira com integrantes do PSL
O senador Major Olímpio (PSL-SP) afirmou que, em nova reunião, grupo deve deliberar sobre crise no partido
atualizado
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Após nova operação da Polícia Federal relacionada às denúncias de candidaturas laranja no PSL, o líder do partido no Senado, Major Olímpio (SP), disse que o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), está a caminho de Brasília e deve se reunir com parlamentares nesta quarta-feira (16/10/2019). O pernambucano foi alvo de busca e apreensão nesta terça (15/10/2019).
Apesar disso, Olímpio ressaltou “não ter motivo” para deixar de apoiar Bivar no mais alto posto do partido e destacou que ele tem “papel fundamental no PSL”. “Bivar já tinha deixado claro, de forma transparente, que não existem fatos que possam comprometer a situação dele como presidente. Que venha o esclarecimento, ele é o mais interessado que isso aconteça”, pontuou Olímpio.
O senador estava reunido com o vice-presidente da legenda, Antonio Rueda, e o líder da legenda na Câmara, Delegado Waldir (GO), nesta tarde. No encontro, informou Olímpio, os políticos fizeram uma avaliação dos últimos acontecimentos dos integrantes da sigla, mas não chegaram a uma deliberação.
O senador disse que a sigla “continua na defesa do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e das pautas dele”. Ele ressaltou que “não tem dúvidas” de que o partido sairá fortalecido desse processo e, “se Deus quiser, com Bolsonaro no partido”.
“Ele é a nossa única grande liderança, mas tem pessoas que cercam o presidente e nesse momento tentaram provocar uma implosão no partido, pela ganância de poder ou projeto pessoal, e acabaram gerando essa crise”, criticou o senador, sem citar nomes.
Ele já havia criticado os filhos do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio (PSL-RJ), que, segundo o líder, têm “mania de príncipes” e acham que vivem em uma dinastia. O parlamentar chegou até a dizer que, se a dupla deixasse a sigla, “seria um grande favor” que fariam.
“Não quero ‘fulanizar’. Não sei como vai ser a decisão do partido como todo, eu particularmente gostaria que não estivessem mais em nosso convívio partidário. Mas não depende de mim. Eu só serei um voto nisso.”
A sigla sofreu um racha desde o início do mês, decorrente de investigações sobre as candidaturas de fachada e brigas internas por poder. O líder, contudo, não reconhece que há duas alas no partido. Ele minimizou a divisão da sigla.
“Não reconheço alas do partido. Os parlamentares que quiseram estar na reunião, estavam. Se algumas pessoas não estavam presentes, devem ter seus motivos. O PSL não tem ala, o PSL é o PSL”, complementou.