Olavo de Carvalho admite culpa de Queiroz, mas apela para “E o Lula?”
“Estou maluco se julgar que, comparado aos feitos do Lula, o caso Queiroz é uma picuinha?”, amenizou o guru do bolsonarismo
atualizado
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Guru do bolsonarismo, o professor de filosofia on-line Olavo de Carvalho deu a entender, na manhã desta sexta-feira (11/9), em uma rede social, que admite culpa do ex-policial militar Fabrício Queiroz no suposto crime de rachadinha (embolsar dinheiro público com parte dos salários de funcionários pagos com impostos dos contribuintes), mas que isso, em termos de “proporção matemática” não passa de “uma picuinha”.
A proporcionalidade de Olavo, no caso, inclui na outra ponta o eterno saco de pancadas do bolsonarismo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma versão com direito a termos em latim do “E o Lula?”:
“Estou maluco se pensar que um dos princípios fundamentais do Direito, ‘suum cuique tribuere’ – dar a cada um o que é dele – implica, como condição vital para a Justiça, o senso das proporções?”, escreveu. “Em termos de proporção matemática, estou maluco se julgar que comparado aos feitos do [ex-presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva], o caso Queiroz é uma picuinha?”, prosseguiu o professor de filosofia on-line.
Estou maluco se pensar que um dos princípios fundamentais do Direito, “suum cuique tribuere” — dar a cada um o que é dele — implica, como condição vital para a Justiça, o senso das proporções?
Publicado por Olavo de Carvalho em Sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Em termos de proporção matemática, estou maluco se julgar que comparado aos feitos do Lula o caso Queiroz é uma picuinha?
Publicado por Olavo de Carvalho em Sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Queiroz está preso suspeito de ter praticado o crime de “rachadinha” quando trabalhava no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O jornal O Estado de S. Paulo revelou que um relatório do Coaf apontava uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta bancária de Queiroz. O valor é referente ao período entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.