Olavo compara Deltan a Dirceu: “Mesma facção que roubou brasileiros”
Escritor compara discurso do procurador com o do PT antes de chegar à Presidência
atualizado
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O guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, endossou as críticas que parte dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL) têm direcionado ao procurador da República e coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol. O professor de filosofia on-line alega que ele está “levantando ONGs de esquerda para um novo assalto ao poder”.
O escritor compara o discurso de Deltan Dallagnol ao do Partido dos Trabalhadores (PT), perpetuado na década de 1990, antes de Lula chegar à Presidência. Segundo Olavo, o PT era tido como o partido mais honesto e, assim, teve o caminho aberto ao poder. “E na Presidência, instauraram o maior esquema de corrupção do mundo”, complementa.
“Quando [o esquema de corrupção] começou a falhar, chegou uma hora que ocultar os crimes do PT já não era mais possível. Então, a mídia, que é 100% esquerdista, para não dizer que está 100% a serviço do Foro de São Paulo, começou a denunciar os crimes, mas em termos de mero combate à corrupção”, avaliou Olavo de Carvalho.
A crítica do guru bolsonarista se baseia no que ele chama de “moralismo isentista”. Segundo Olavo, Deltan tem se apropriado do mesmo discurso – de combate à corrupção – com o fim de chegar ao poder. “Vamos permitir que essa gente que encabeça o combate à corrupção crie um novo prestígio de entidade moralista e volte ao poder?”, desafia.
Nas redes sociais, Olavo de Carvalho afirma que, diferentemente de Deltan, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) combate a corrupção com palavras e atitudes, “desde uma época em que o Dallagnol não tinha nem entrado na Faculdade de Direito”. Em seguida, Olavo compara o procurador com José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil.
“O Dalagnol é um pouco mais apressado do que o Zé Dirceu. Mal começou a fazer fama de anticorrupto, já começou a apropriar-se da luta anticorrupção para favorecer a mesma facção política que roubou um trilhão de reais do povo brasileiro para ajudar genocidas e narcotraficantes”, escreve.