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Okamotto diz que Lula cogitou aquisição do sítio em Atibaia

Presidente do Instituto Lula prestou depoimento como testemunha de defesa ao juiz Sérgio Moro no âmbito de ação penal em que o petista é réu

atualizado

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1 de 1 paulo1 - Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, afirmou que Luiz Inácio Lula da Silva chegou a manifestar intenção de comprar o sítio Santa Bárbara, em Atibaia. Ele ainda disse que parte do acervo presidencial do petista após o término de seu mandato ficaria no imóvel. Okamotto prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro nesta segunda-feira (7/5) como testemunha de defesa.

Ele foi questionado pela advogada de Fernando Bittar sobre um almoço em 2015, no Instituto Lula, no qual teria sido discutida a aquisição do sítio.

“Teve um almoço. Lula, Kalil, Fernando, não sei se o Fábio também. Esse tema tinha sido tratado. O presidente Lula, já há algum tempo, achava que tinha de comprar o sítio como presente para dona Marisa. Ele tinha um pouco de dúvida, mas tinha essa impressão”, afirmou.

Okamotto também alegou que, no final de 2010, o ex-ministro Gilberto Carvalho, disse a ele que “teria de providenciar a retirada do acervo presidencial”. “Coisa que eu acabei fazendo, levei para a Granero, como muita gente sabe. Fui informado de que algumas peças seriam levadas para o sítio do Fernando”.

O presidente do Instituto também admitiu ter frequentado o sítio “algumas vezes” por ter um imóvel nas redondezas, sempre na presença de Fernando Bittar.

O caso envolvendo o sítio representa a terceira denúncia contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a acusação, a Odebrecht, a OAS e também a empreiteira Schahin, com o pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a Petrobras.

A denúncia inclui, ao todo, 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e aliados do ex-presidente, até seu compadre, o advogado Roberto Teixeira. O imóvel foi comprado no final de 2010, quando Lula deixava a Presidência, e está registrado em nome de dois sócios dos filhos do ex-presidente, Fernando Bittar – filho do amigo e ex-prefeito petista de Campinas Jacó Bittar – e Jonas Suassuna. A Lava Jato sustenta que o sítio é de Lula, que, por sua vez, nega.

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