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Odebrecht se diz à disposição da Justiça para colaborar com a Lava Jato

Nova fase da operação decretou a prisão do presidente da construtora, Benedicto Barbosa da Silva Junior. Executivo está sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro

atualizado

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
Odebrecht
1 de 1 Odebrecht - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Odebrecht informou na terça-feira (23/2) por meio de nota que está à disposição das autoridades para colaborar com a Operação Lava Jato. A 23ª fase da operação decretou a prisão do presidente da Construtora Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Junior. Segundo nome na hierarquia do braço de infraestrutura do grupo, o executivo está sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. Na decisão, o juiz Sérgio Moro assinalou também que o executivo participou de reuniões da Odebrecht e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, este preso desde 3 de agosto de 2015.

“A Odebrecht confirma operação da Polícia Federal em escritórios de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. A empresa está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento”, disse a empreiteira no texto enviado à reportagem.

Moro acolheu representação da Polícia Federal, amparada também nos arquivos de mensagens recuperadas do celular do empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso desde 19 de junho de 2015. Na avaliação da Polícia Federal, Silva Jr. desempenhava papel de contato político da companhia.

A reportagem não conseguiu contato na terça-feira com a defesa de Armando Tripodi, ex-chefe de gabinete da presidência da Petrobras nas gestões de José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli, entre 2003 e 2012. Ele ocupava atualmente o cargo de gerente de Responsabilidade Social da estatal.

Comissão interna
A Petrobras informou, também por meio de nota, que afastou Tripodi e instaurou comissão interna para apurar o suposto envolvimento do funcionário na Operação Lava Jato. “A empresa reitera seu compromisso com o pleno andamento das investigações e seu apoio ao trabalho das autoridades policiais”, afirma o texto.

O advogado da Keppel Fels, estaleiro de Cingapura que prestou serviços à estatal brasileira, não foi localizado. A Keppel Fels firmou contratos com a Petrobras entre 2003 e 2009 no valor de US$ 6 bilhões.

A reportagem também não conseguiu contato na terça com a defesa do engenheiro Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels. Skornicki tem negado qualquer tipo de envolvimento em atividades relacionadas à Operação Lava Jato. Ele já disse que vem cooperando com a Justiça e tem ressaltado que presta serviços para empresas multinacionais e transnacionais que seguem rígidas normas anticorrupção.

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