metropoles.com

Odebrecht mantinha, na Suíça, sistema de informática só para a propina

Revelação foi feita pelo executivo Camilo Gornati, em depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira (22/6). Servidor foi bloqueado pelo Ministério Público suíço

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/Agência Brasil
odebrecht
1 de 1 odebrecht - Foto: Divulgação/Agência Brasil

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o executivo Camilo Gornati, um dos responsáveis pelo sistema de informática que auxiliava no controle do pagamento de propina na construtora Odebrecht, afirmou que a empreiteira mantinha um servidor na Suíça “por segurança”. Gornati foi alvo de um mandado de condução coercitiva nesta quarta-feira (22/6), parte da 26ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Xepa.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o sistema Drousys era utilizado por executivos da Odebrecht para controlar repasses de propina, por meio do Departamentos de Operações Estruturadas, conhecido como o “departamento da propina”. Os repasses ilegais eram feitos a políticos e agentes públicos por meio de operadores e contas em nome de offshores, empresas que têm a sua contabilidade num país distinto daquele onde exerce a sua atividade.

O nome de Gornati estava na agenda de Maria Lucia Tavares, secretária do “departamento da propina”, que admitiu a existência do setor em depoimento à Lava Jato. O executivo afirmou que o servidor da Odebrecht na Suíça se encontra bloqueado pelo Ministério Público do país.

Para os investigadores da PF, houve tentativa de destruição do sistema de informática da propina, após a Odebrecht virar alvo da Lava Jato.

“O que me falaram é que era mais seguro deixar na Suíça”, afirmou Gornati, ouvido na ação penal contra o marqueteiro do PT Joãpo Santana, o presidente afastado da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, e outros executivos do grupo. “Uma vez que perguntei, seria por segurança”, afirmou ele ao ser questionado pela procuradora da República Laura Tessler, da força-tarefa da Lava Jato.

Gornati trabalha na empresa JR Graco Assessoria e Consultoria Financeira Ltda, que pertence a Olivio Rodrigues Júnior, responsável pela abertura de contas da Odebrecht, em Antígua, por onde chegou a circular mais de US$ 2,6 bilhões da empreiteira, segundo o delator Vinicius Borin, que trabalhava nas instituições financeiras.

A força-tarefa da Lava Jato apura se parte desses valores ou se totalidade deles são referentes a propinas e caixa 2. Marcelo Odebrecht e seus executivos negociam acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) desde o início do mês.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?