OCDE e governo brasileiro tentam encaixar encontros nesta quarta
País entrou com solicitação na organização para entrar no processo de acessão ao órgão em meados de 2017
atualizado
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Em meio a um processo complexo de adesão à Organização para Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE), iniciado formalmente no governo de Michel Temer, o governo brasileiro e a instituição multilateral tentam acertar suas agendas para realizar encontros em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, nesta quarta-feira (23/1).
A previsão, de acordo com uma fonte, é que haja uma reunião entre o secretário-geral da OCDE, José Ángel Gurría, e o ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, nesta quarta pela manhã. Com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), a perspectiva é a de que haja um encontro no período da tarde. Essas reuniões não estavam previstas na programação da comitiva brasileira em Davos.
O Brasil entrou com uma solicitação na OCDE para entrar no processo de acessão ao órgão em meados de 2017. Gurría sempre foi um entusiasta da participação do país, que hoje já é um membro especial da entidade internacional, fazendo parte de muitas pesquisas da instituição. O governo brasileiro também deslocou para Paris, onde é a sede da Organização, um diplomata com exclusividade para “tocar o processo”. Isso ocorreu também no governo anterior, e ainda permanece assim.
A entrada do Brasil na OCDE, porém, não é a única da lista. Outros cinco países também estão neste processo, que acabou sendo paralisado desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diminuiu a importância da participação americana em organismos multilaterais. Por enquanto, os EUA, que são os principais responsáveis pelo orçamento da OCDE, já sinalizaram que não desejam a entrada de novos membros.
O governo de Bolsonaro, porém, vem estreitando relacionamento com a maior potência econômica do globo e é possível que busque uma aproximação para auxiliar na entrada na Organização.