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OAB questiona gastos públicos de Bolsonaro com o 7 de Setembro

Presidente usou estrutura pública para participar de atos em Brasília e São Paulo. Entidade considera que data cívica foi “sequestrada”

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Felipe Santa Cruz
1 de 1 Felipe Santa Cruz - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou, na quinta-feira (9/9), requerimento de informações questionando os gastos públicos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com os atos presenciais e virtuais realizados no 7 de Setembro, Dia da Independência.

O mandatário usou estrutura pública para se deslocar aos atos ocorridos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo. De helicóptero, ele sobrevoou a Esplanada e, após discursar em um trio elétrico na capital federal, utilizou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar à capital paulista.

A OAB pretende apresentar requerimentos semelhantes, porém com questionamentos mais específicos, a outras autoridades públicas que possam estar relacionadas à utilização de recursos públicos nos atos.

O presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, afirmou que o presidente Bolsonaro sequestrou a data cívica para um movimento pessoal com interesses políticos.

“Uma coisa é certa: o último 7 de Setembro não foi uma data cívica, ele foi sequestrado pelo presidente da República. Nós assistimos, de certa forma perplexos, ao presidente da República tratar uma data que é de todos nós como uma data pessoal para seus interesses políticos”, afirmou Santa Cruz.

Então, chamou atenção para suposto gasto de verba pública. “E mais grave ainda: houve forte dispêndio de verba pública para a realização do 7 de Setembro e para a sua divulgação nos meses que antecederam. A OAB está notificando uma série de autoridades, com base na Lei de Acesso à Informação, para que deem publicidade aos valores que foram dispendidos nesse esforço de transformar uma data que é de todos numa data pessoal.”

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Presidente Jair Bolsonaro no discurso aos apoiadores na Avenida Paulista, em SP

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Desfile na Esplanada cancelado

A exemplo do que ocorreu em 2020, os tradicionais desfiles realizados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foram cancelados em razão da pandemia de coronavírus.

Em vez deles, foi realizada uma cerimônia menor na Residência Oficial da Presidência da República na manhã do dia 7. Estavam presentes apenas a família do presidente, ministros de Estado e parlamentares aliados, além de um reduzido grupo de apoiadores.

Bolsonaro saiu do Palácio a bordo do Rolls-Royce. Ele estava sem máscara e rodeado de crianças. O ex-piloto de Fórmula 1 e tricampeão mundial Nelson Piquet dirigiu o veículo. Em seguida, houve cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional e apresentações da Esquadrilha da Fumaça.

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