OAB pede que STF libere vídeo na íntegra: “Importante elemento de prova”
Entidade alega que investigação pode revelar crime cometidos durante o mandato de Bolsonaro
atualizado
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Em ofício enviado ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu a divulgação do vídeo da reunião ministerial na qual o presidente Jair Bolsonaro teria informado sua intenção de interferir na Polícia Federal.
O documento é assinado pelo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, e pelo presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da instituição, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. Eles alegam que dar publicidade à reunião “parece ser a melhor medida para assegurar o amplo escrutínio a respeito dos graves fatos investigados no âmbito do referido inquérito”, diz o ofício.
No documento, a OAB alega que o fato de a investigação ter como objeto condutas do presidente da República que “podem caracterizar crimes relacionados ao exercício de seu mandato e de suas funções públicas justifica com maior intensidade seja garantida publicidade ao registro da reunião, que constitui importante elemento de prova”, destaca.
Em manifestação enviada ao STF nesta quinta-feira (14/05), a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu o sigilo do conteúdo integral da gravação, mas transcreveu falas de Bolsonaro. Segundo o documento, o presidente disse que não iria deixar ninguém “foder com a família toda de sacanagem”. Ele também confirmou a intenção de interferir na PF, argumentando que não tinha informações da corporação.
Após receber as gravações, o ministro Celso de Mello deu prazo de 48h para Moro, a AGU e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestarem sobre a possibilidade de divulgação integral do conteúdo. O ex-ministro foi o primeiro a se posicionar positivamente. Falta, ainda, o posicionamento da PGR.
Oficio 39. Ministro Celso d… by Lourenço Flores on Scribd