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OAB entra com mandado contra Maia por engavetamento de impeachment

Na avaliação do presidente nacional da Ordem, Claudio Lamachia, há demora para dar seguimento ao pedido contra Michel Temer na Câmara

atualizado

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Claudio Lamachia, presidente OAB
1 de 1 Claudio Lamachia, presidente OAB - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou nesta quinta-feira (17/8) com um mandado de segurança contra o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Supremo Tribunal Federal (STF). A entidade entende que há demora para dar seguimento ao processo de impeachment contra o presidente Michel Temer (PMDB-SP), feito quase três meses e meio atrás.

A ordem pretende que a Corte suprema obrigue Maia a continuar o processo, por entender que o deputado, ao não decidir sobre o caso, impede que os pares analisem o tema. O mandado requer também que o STF defina, por meio de liminar, prazo para Maia proferir sua decisão.

“Embora o artigo mencionado não estipule um prazo para que seja realizado tal ato, o não processamento da denúncia pelo Excelentíssimo Presidente da Câmara dos Deputados representa ato ilegal e omissivo e, ao final, revela grave violação aos preceitos constitucionais”, afirma a entidade, em ação assinada pelo presidente da OAB nacional Claudio Lamachia.

Leia a íntegra do mandado de segurança:

Mandado de segurança da OAB by Metropoles on Scribd

Na terça-feira (15), Lamachia afirmou, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, que a entidade estava estudando a medida contra Maia. “Eu determinei que fosse feito um exame. Justamente para avaliarmos a possibilidade de ingresso de mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal, porque não é razoável que se demore 90 dias para o despacho. Isto, na minha concepção, é um abuso por parte da presidência da Câmara e há uma verdadeira omissão do presidente da Câmara por não despachar”, explicou.

O argumento central do pedido de impeachment da OAB é o conteúdo da conversa gravada pelo executivo Joesley Batista, da JBS, com o Temer na noite de 7 de março, no Palácio do Jaburu.

O diálogo mostra que o presidente ouviu uma sucessão de crimes narrados por seu interlocutor — Joesley falou no “mensalinho” de R$ 50 mil para o procurador da República Ângelo Goulart e na mesada milionária para o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) — que está preso em Curitiba (PR).

O pedido foi protocolado pelo presidente da OAB Nacional, Cláudio Lamachia, em 25 de maio, mas permanece até hoje engavetado pelo presidente da Câmara. O ministro do STF Alexandre de Moraes chegou a pedir explicações ao parlamentar sobre a suposta demora para dar seguimento à ação.

(Com informações da Agência Estado)

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