OAB critica uso de verba de precatórios no Renda Cidadã: “Inconstitucional”
Governo quer usar recursos federais para o pagamento de dívidas judiciais da União, além de 5% do Fundeb, para criar programa social
atualizado
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A proposta do governo federal de utilizar recursos federais para o pagamento de dívidas judiciais da União, os chamados precatórios, para viabilizar os pagamentos do Renda Cidadã – substituto do Bolsa Família -, anunciada nesta segunda-feira (28/9) pelo relator do Orçamento de 2021 no Congresso Nacional, senador Márcio Bittar (MDB-AC), foi criticada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em nota, a Comissão Especial de Precatórios da OAB Nacional afirma que tal possibilidade é “inconstitucional, traz insegurança jurídica e é injusta socialmente”.
Bittar salientou que na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para a criação do Renda Cidadã uma das fontes de renda sugeridas serão as verbas reservadas no Orçamento para o pagamentos de precatórios. O restante dos recursos sairia de uma parcela de 5% do novo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Sobre os precatórios, ele falou: “O Brasil tem no Orçamento R$ 55 bilhões para pagar de precatório e nós vamos utilizar, vai estar na relatoria que eu apresento nesta semana, o limite de 2% das receitas correntes líquidas, que é mais ou menos o que já fazem estados e municípios”.
A nota da OAB, assinada pelo presidente Felipe Santa Cruz e pelo presidente da Comissão Especial de Precatórios, Eduardo de Souza Gouveia, destaca que o que se propõe é um calote da dívida pública judicial.
“Mas a dívida será empurrada para os futuros gestores públicos, criando uma bomba armada para explodir no futuro. A sinalização para investidores, essenciais nesse momento em que se busca a recuperação econômica do país, não poderia ser pior”, ressalta o documento.
Leia a íntegra da nota:
Nota. Comissão Especial de Precatórios by Carlos Estênio Brasilino on Scribd