metropoles.com

OAB abre processo e pode cassar advogado preso após delação da JBS

Willer Tomaz é acusado de corrupção, organização criminosa e obstrução da Justiça. Segundo Joesley Batista, ele teria comprado procurador

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Valter Zica/OAB-DF
Willer Tomaz Souza advogado brasiliense preso após delação da JBS
1 de 1 Willer Tomaz Souza advogado brasiliense preso após delação da JBS - Foto: Valter Zica/OAB-DF

A Corregedoria Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu abrir processo ético para investigar a conduta de Willer Tomaz, preso na última quinta-feira (11/5) pela Polícia Federal, acusado de obstrução da Justiça, corrupção e organização criminosa. Caso as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) sejam confirmadas, ele poderá ter o registro para atuar cassado.

Segundo delação do empresário Joesley Batista, o advogado brasiliense teria vendido influência e cobrado R$ 8 milhões em honorários para defender os interesses do grupo JBS. Nos depoimentos que serviram de base para a prisão preventiva de Willer, Joesley contou que o profissional pediu mesada de R$ 50 mil para comprar informações privilegiadas do procurador Ângelo Goulart Villela,  integrante da Lava Jato.

No mesmo depoimento aos procuradores da Lava Jato, o dono da JBS contou que Willer se cacifava como advogado alegando proximidade com o juiz substituto da 10ª Vara Federal Criminal de Brasília Ricardo Soares Leite, onde tramitam ações referentes à Operação Greenfield.

 

Reprodução/Delação da JBS
Ângelo Goulart (à direita), fotografado por Joesley, ao lado do advogado Willer Tomaz, preso pela PF na quinta-feira

O relato de Joesley e de um de seus assessores mais próximos, o advogado Francisco de Assis e Silva, ainda atinge um outro expoente da advocacia brasiliense, o presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto. Segundo Francisco de Assis, Juliano teria intermediado a indicação de Willer para Joesley em troca de um terço dos honorários acertados por Willer. Costa Couto admite a indicação, mas nega que tenha cometido qualquer irregularidade no episódio.

Em menos de uma década de atuação nos mais variados ramos do direito, Willer acumulou uma notável carteira de clientes, a maioria deles políticos. Lançou-se também no mundo dos negócios e, recentemente, como empresário de mídia. Ele arrendou quatro rádios que pertencem ao ex-vice-governador do DF Paulo Octávio, de quem se aproximou no último ano.

As defesas de Willer Tomaz e de Ângelo Goulart Villela negam as acusações.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?