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“O Ricardo Barros quer falar”, diz Bolsonaro sobre depoimento à CPI

Líder do governo na Câmara foi citado como um dos envolvidos em irregularidades nas negociações para compra da vacina Covaxin

atualizado

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Alan Santos/PR
Bolsonaro e Barros
1 de 1 Bolsonaro e Barros - Foto: Alan Santos/PR

Na primeira referência a seu líder do governo na Câmara desde a denúncia do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na noite desta segunda-feira (5/7), em conversa com apoiadores, que Ricardo Barros (PP-PR) quer depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado.

Barros foi apontado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) em depoimento à CPI da Covid como sendo o parlamentar supostamente citado por Bolsonaro como um dos envolvidos nas irregularidades que cercam o contrato de compra de doses da vacina indiana Covaxin. O presidente não confirmou nem desmentiu a informação de Miranda.

“Olha aqui, o Ricardo Barros quer falar, a CPI não quer ouvir mais ele. Deixa ele falar, já que ele… Vamos supor, tão acusando ele que fez algo de errado, deixa ele depor na CPI. Agora, o interesse é ouvir quem vai falar o que interessa pra eles”, disse Bolsonaro ao regressar ao Palácio da Alvorada.

Nesta segunda, Barros acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo à Corte que assegure a data de seu depoimento à CPI da Covid, no próximo dia 8 de julho. O depoimento havia sido adiado.

No mandado de segurança, o parlamentar afirma estar sendo impedido de exercer ampla defesa “por abuso de poder da CPI”, que estaria atacando a honra dele “indevidamente”.

Barros afirmou ser vítima de “inúmeras acusações, especulações e ilações”. Segundo o deputado, o objetivo das denúncias é “desgastá-lo (bem como desgastar o governo) perante a opinião pública”.

Entenda
Ricardo Barros foi autor de uma emenda à Medida Provisória nº 1.026, que dava “autorização para a importação e distribuição de quaisquer vacinas” e medicamentos não registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), contanto que fossem aprovados por autoridades sanitárias de outros países.

Por meio da emenda de Barros, a Central Drugs Standard Control Organization (CDSCO), da Índia, foi incluída na lista de agências habilitadas. O aval à Covaxin foi dado pela CDSCO.

Barros disse que o Palácio do Planalto não interferiu no assunto e que a inclusão do órgão de saúde da Índia também foi motivo de emendas dos deputados Orlando Silva e Renildo Calheiros, ambos do PCdoB.

Após denúncias de irregularidades, o Ministério da Saúde suspendeu o contrato de compra da vacina indiana. A aquisição da Covaxin centraliza uma série de denúncias, entre elas, a de que o contrato do Ministério da Saúde, no valor de R$ 1,6 bilhão para 20 milhões de doses, foi superfaturado.

Na interação com apoiadores, o chefe do Executivo federal seguiu fazendo críticas à CPI e afirmou que o colegiado não tem dado contribuição para o enfrentamento da pandemia.

“Continua morrendo gente de Covid, certo? Qual a contribuição da CPI para morrer menos gente até agora? Zero. É jogo de poder. Não é pela vida. Esse pessoal não faz pela vida, pela saúde, está se lixando para o povo. É pelo poder”, criticou.

A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi registrada por um canal no YouTube simpático ao presidente.

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