“O PSDB não está mais na base do governo”, diz Padilha
Mesmo assim, o ministro da Casa Civil diz contar com o partido para a votação da reforma da Previdência no Congresso
atualizado
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Um dia depois de Geraldo Alckmin confirmar o desembarque tucano do governo de Michel Temer (PMDB), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), disse nesta quarta-feira (29/11) que considera o PSDB fora da base aliada.
“O PSDB não está mais na base do governo. Já disse que vai sair dia 9”, afirmou Padilha. Nessa data, será realizada a convenção tucana, quando Alckmin deve assumir o comando da sigla.
Questionado sobre os três ministros do partido no governo – Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Luslinda Valois (Direitos Humanos) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores) –, o ministro destacou que eventuais saídas passam pela decisão de Temer. Assim, ainda que o PSDB abra mão dos cargos na Esplanada, o presidente da República poderá manter quadros da legenda como nomes de sua cota pessoal.“Uma coisa é um ministro que está no governo representando um partido. Outra coisa é o presidente manter alguém como representante de sua cota pessoal”, disse.
O ministro ressaltou também que o Palácio do Planalto conta com o PSDB na votação da reforma da Previdência no Congresso Nacional. “A reforma previdenciária se encaixa plenamente (à ideologia tucana). Inclusive a proposta original enviada pelo governo federal”, disse.
Padilha afirmou que o governo trabalha para que os deputados votem a reforma em dois turnos ainda em 2017. “Nossa expectativa é ver se conseguimos ter, já na semana que vem, a primeira votação.”
Para as eleições de 2018, o ministro não excluiu um eventual acordo entre tucanos e peemedebistas. “Se o candidato do PSDB disser que defende o legado do presidente, há a possibilidade de uma aliança”, avaliou.