metropoles.com

Nunca houve “pedido indevido” de Mantega, diz ex-presidente do BNDES

Luciano Coutinho negou ainda, à CPMI da JBS, conhecer Palocci e haver “caixa-preta” no banco

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metróples
Luciano Coutinho ex-presidente BNDES na CPMI da JBS
1 de 1 Luciano Coutinho ex-presidente BNDES na CPMI da JBS - Foto: Rafaela Felicciano/Metróples

Durante mais de três horas, o ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano Coutinho foi sabatinado pelos deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, na tarde desta terça-feira (3/10). O que era para ser uma oitiva apenas para que Coutinho explicasse como se deu as relações entre o banco e a J&F, holding que reúne todas as empresas dos irmãos Joesley e Wesley Batista, também virou espaço para questionamentos políticos.

Por várias vezes, o ex-presidente foi incitado a falar sobre sua relação com o ex-ministro Guido Mantega, que respondeu pelas áreas do Planejamento e Fazenda durante as gestões petistas no governo federal. Isso porque, em delação, Joesley Batista afirmou que Mantega havia atuado para que a JBS conseguisse empréstimo junto ao BNDES.

Eu nunca recebi nenhum pedido indevido do ministro Guido e tive pouquíssimos contatos com o ex-ministro (Antônio) Palocci. Nunca recebi pressões ou propostas indevidas deles ou de outras autoridades e nenhum diretor ou técnico relatou ter recebido esse tipo de pressão

Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES

Coutinho também foi questionado sobre o dinheiro que recebeu entre os anos de 2007 e 2016, quando esteva à frente da instituição financeira. “Eu recebia cerca de R$ 60 mil por mês no BNDES mais bônus de até quatro salários por ano. Tenho a consciência tranquila, sei que as operações do banco sempre foram rentáveis e bastante lucrativas”, destacou. “Essa história de caixa-preta no BNDES foi um slogan inventado e que continua sendo repetido indevidamente”, completou.

Mais cedo, por cerca de duas horas, o advogado Márcio Lobo, que representa os acionistas minoritários da JBS, também foi ouvido sobre a suposta falta de informação por parte da empresa para com os acionistas, assim como o prejuízo que esses pequenos investidores teriam sofrido.

Para quarta-feira (4), a partir das 9h, é esperado o depoimento do advogado brasiliense Willer Tomaz. Requerimentos para as convocações de Vinícius Marques de Carvalho, ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e da advogada Fernanda Tórtima, da JBS, também serão votados nesta reunião. Já a oitiva do procurador Ângelo Goulart, prevista para a próxima reunião do colegiado, foi remarcada para o dia 17.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?