Novos ministros da AGU e da Justiça tomam posse no Planalto
As cerimônias de posse dos demais ministros deve ocorrer na próxima terça-feira (6/4)
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) iniciou, na tarde desta terça-feira (30/3), a posse de dois ministros das seis trocas ministeriais: André Mendonça, que voltou à Advocacia-Geral da União (AGU), e o delegado de Polícia Federal Anderson Torres, que foi para o Ministério da Justiça.
A cerimônia ocorreu em caráter reservado no Palácio do Planalto e não estava prevista na agenda das autoridades. As cerimônias de posse dos demais ministros deve ocorrer na próxima terça-feira (6/4).
Depois de uma passagem de quase um ano pelo Ministério da Justiça, André Mendonça retorna para a AGU, no lugar de José Levi Mello, que deixa a Esplanada. Ele é um dos nomes cotados pelo presidente para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga decorrente da aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposenta em 5 de julho.
Já Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, assume o primeiro cargo no governo federal. Torres chega para ser o chefe da pasta com as credenciais de quem tem total confiança do presidente e relacionamento próximo com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos).
Foi com imensa honra que hoje tomei posse como Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública. Agradeço ao Presidente @jairbolsonaro pela confiança no nosso trabalho.
À disposição do Brasil, sempre! 🇧🇷🇧🇷@JusticaGovBR— Delegado Anderson Torres (@DelegadoTorres) March 30, 2021
Além da AGU e da Justiça, as pastas atingidas na reforma ministerial desta semana foram: Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Defesa, Secretaria de Governo da Presidência e Casa Civil. As mudanças já foram oficializadas no Diário Oficial da União (DOU) desta terça.
Na Defesa, o general Fernando Azevedo e Silva será substituído pelo também general Walter Souza Braga Netto, que deixa a Casa Civil.
Também nesta terça, os comandantes do Exército, general Edson Pujol; da Marinha, almirante Ilques Barbosa Junior; e da Aeronáutica, brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez, decidiram deixar os cargos. Os nomes dos novos substitutos ainda não foram anunciados.
No Itamaraty, no lugar de Ernesto Araújo, assume o comando o diplomata Carlos Alberto Franco França, que era chefe do cerimonial da Presidência da República.
A Secretaria de Governo terá a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) no lugar de Luiz Eduardo Ramos – que vai para a Casa Civil, em substituição a Braga Netto.
Deixam o governo Araújo, Azevedo e Silva e José Levi, agora ex-advogado-geral da União. Os demais foram apenas remanejados para outras pastas.
A reforma ministerial veio em um momento de agravamento da pandemia de coronavírus, de pressão intensa de parlamentares do Centrão por mais espaço e de queda de popularidade do mandatário do país.
Confira as mudanças e os nomes:
Ministério da Defesa
Sai: Fernando Azevedo e Silva
Entra: Walter Braga Netto
Casa Civil
Sai: Walter Braga Netto
Entra: Luiz Eduardo Ramos
Secretaria de Governo da Presidência
Sai: Luiz Eduardo Ramos
Entra: Flávia Arruda, deputada federal
Advocacia-Geral da União
Sai: José Levi Mello
Entra: André Luiz Mendonça
Ministério da Justiça
Sai: André Luiz Mendonça
Entra: Anderson Gustavo Torres, delegado da Polícia Federal
Ministério das Relações Exteriores
Sai: Ernesto Araújo
Entra: embaixador Carlos Alberto Franco França