Novo líder do governo na Câmara garante: teto de gastos não será furado
Ricardo Barros disse que recursos de outras áreas serão remanejados para pastas de Desenvolvimento Regional, de Infraestrutura e de Turismo
atualizado
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Em seu primeiro discurso como líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR) reforçou o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmou, nesta terça-feira (18/8), que o governo não vai furar o teto de gastos públicos, mas que haverá remanejamento de recursos de outras áreas para investimentos nas seguintes pastas: Desenvolvimento Regional, Infraestrutura e Turismo.
“Não tem essa discussão (de furar teto dos gastos). Vêm recursos sim, mas com remanejamento de outras áreas. E nós vamos apreciar para que haja investimentos nos Ministérios de Desenvolvimento Regional, de Infraestrutura e de Turismo. Porque isso é necessário para gerar empregos, manter a economia e dar aos brasileiros um Brasil melhor”, declarou Barros, debutando na tribuna do plenário.
Segundo o novo líder, que assumiu o lugar de deputado Vítor Hugo (PSL-GO), o presidente não se furtou em aportar recursos para combater a Covid-19 e estabilizar a economia.
“Já são R$ 70 bilhões alocados no Orçamento de Guerra, aprovado por este Parlamento para que a pandemia seja combatida. Mas em janeiro de 2021, temos um orçamento regular, temos teto de gastos, temos ajustes fiscal e vamos respeitar as diretrizes que o Brasil vinha adotando”, disse Barros, que foi ministro da Saúde no governo Temer.
Após a debandada
O discurso do parlamentar segue a linha encampada pelo governo Bolsonaro após a debandada no primeiro escalão do Ministério da Economia. O ministro Paulo Guedes vem buscando alternativas para viabilizar recursos sem furar o teto. Estima-se algo em torno de R$ 5 bilhões.
Membro do Centrão, Barros foi líder do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), vice-líder dos governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).