Novo chefe da Secom: “não serei um general da ativa no governo”
General Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, que comandava Comando Militar do Sudeste, assume Secretaria de Governo
atualizado
Compartilhar notícia
“Soldado não escolhe missão; ele cumpre”, assim reagiu o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira à sua nomeação para ser o ministro-chefe da Secretaria de Governo.
Ele reuniu os subordinados nessa sexta-feira (14/06/2019), no Comando Militar do Sudeste (CMSE) e começou a se despedir. Aos generais reafirmou por escrito seu “comprometimento com o Exército Brasileiro e com o Brasil, cumprindo sempre todas as ordens que lhe forem determinadas”. Amigo do presidente Jair Bolsonaro, Ramos vai se licenciar do Exército. Leia a entrevista:
General, o senhor é o segundo general da ativa nomeado por Bolsonaro e o primeiro do Alto Comando. Como fica a relação do senhor com o Exército?
Está havendo muita confusão. Não serei um general da ativa no governo. Estarei licenciado, não usarei farda e não participarei de nenhum processo decisório no Alto-Comando do Exército. Na próxima semana, vou a Brasília e me apresentarei ao comandante, general (Edson) Pujol, de quem receberei a missão. Prestarei continência ao comandante. Essa é a liturgia. Na terça-feira, estarei em trajes civis começando as reuniões.
O senhor já conversou com o presidente sobre a Secretaria de Comunicação e sobre as relações com o Congresso? Como o senhor vai atuar nessas áreas?
Não, ainda não. Vou encontrá-lo hoje (sexta-feira) no Aeroporto (Bolsonaro assistiria ao jogo Brasil e Bolívia, a abertura da Copa América, no Morumbi). Acabei de ser nomeado. Vou conhecer primeiro a estrutura da Secretaria de Governo antes de emitir qualquer juízo de valor sobre qualquer questão.
Como foi para o senhor substituir o general Santos Cruz?
Conversei com o Santos Cruz. Somos amigos. Ele entendeu que recebi uma missão e vou cumpri-la. Sou um soldado. E soldado não escolhe a missão. Estava apaixonado pelo comando em São Paulo, mas acredito que minha ida a Brasília é mais importante, agora, para o governo e para o Brasil.