“No tapetão não vão levar”, diz Bolsonaro sobre CPI da Covid-19
Durante seu discurso, o presidente também referiu-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “vagabundo”
atualizado
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Ao fim de “motociata” realizada na manhã deste sábado (26/6), em Chapecó, Santa Catarina, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, mais uma vez, a atuação dos senadores na CPI da Covid-19 e os chamou de “pilantras”.
“Temos uma CPI de 7 pilantras que não querem investigar quem recebeu o dinheiro, só quem mandou o dinheiro. Lamentavelmente, o STF decidiu pela CPI e também que governadores estão desobrigados a comparecer à mesma. Querem apurar o quê? No tapetão não vão levar!”, exclamou o mandatário.
Em sua fala, o presidente fazia menção à recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que os governadores não precisarão prestar depoimento na CPI, que investiga a conduta do governo federal diante da crise sanitária que já vitimou mais de 500 mil brasileiros.
Durante sua fala, ao lado do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), do senador Jorginho Mello (PL) e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, Bolsonaro também atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a decisão que o tornou elegível.
“Tem eleições no ano que vem, se Deus quiser, com apoio do parlamento, com o voto auditável. Vamos botar um fim na sombra das fraudes que devem acontecer a cada eleição. Tiraram um vagabundo da cadeia, tornaram esse vagabundo elegível e querem agora torná-lo presidente pela fraude. Não conseguirão!”, disse Bolsonaro no carro de som.
O presidente está no estado de Santa Catarina desde sexta-feira (26/6). Pela manhã, participou da quarta “motociata” dos últimos meses. O grupo de apoiadores foi, de moto, com o presidente, de Distrito Industrial Flávio Baldissera até o município de Xanxerê. O chefe do Executivo não utilizava máscara.