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No Senado, Milton Ribeiro pede desculpas por falas sobre deficientes

O ministro foi criticado por ter dado diversas declarações sobre crianças com deficiência “atrapalharem” o ensino dos demais estudantes

atualizado

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Ministro da Educação, Milton Ribeiro
1 de 1 Ministro da Educação, Milton Ribeiro - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, desculpou-se, nesta quinta-feira (16/9), por declarações sobre crianças deficientes e que frequentam as escolas brasileiras. Ribeiro participou de audiência na Comissão de Educação, Esportes e Cultura, do Senado Federal,

O chefe da pasta também conversou com o senador Romário (PL-RJ), que tem uma filha com Síndrome de Down.

“O termo usado foi um grande erro”, disse o ministro do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “As minhas colocações não foram as mais adequadas e imediatamente quando percebi isso, fui às minhas redes sociais para me desculpar as pessoas que magoei”, justificou aos senadores presentes na comissão. “Reitero meu sincero pedido de desculpas a todos os que se sentiram ofendidos após as minhas declarações em entrevista”, completou.

Em 19 de agosto, Milton Ribeiro afirmou que há crianças com “um grau de deficiência que é impossível a convivência”. “Nós temos, hoje, 1,3 milhão de crianças com deficiência que estudam nas escolas públicas. Desse total, 12% têm um grau de deficiência que é impossível a convivência. O que o nosso governo fez: em vez de simplesmente jogá-los dentro de uma sala de aula, pelo ‘inclusivismo’, nós estamos criando salas especiais para que essas crianças possam receber o tratamento que merecem e precisam”, declarou.

Cerca de 5 dias depois, em entrevista à rádio Jovem Pan, Ribeiro disse que o governo federal não concorda com o “inclusivismo”. O chefe da pasta também afirmou que cometeu um erro ao dizer que crianças com deficiência “atrapalhavam” o aprendizado de outros estudantes, mas não abriu mão de dizer que o convívio atrapalha o desenvolvimento de ambos.

Durante a audiência com senadores, o ministro aproveitou para se acertar com o senador Romário, que na época da fala, sugeriu que o chefe da pasta “tome vergonha na cara”.  “Somente uma pessoa privada de inteligência, aqueles que chamamos de imbecil, podem soltar uma frase como essa. Eles existem aos montes, mas não esperamos que estes ocupem o lugar de ministro da Educação de um país”, disse o ex-jogador na ocasião.

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