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No Rio, urnas barram filhos de Cunha, Cabral, Picciani e Crivella

Mas nem todos os herdeiros de antigos nomes da política foram alijados, duas filhas de Anthony Garotinho conseguiram vagas na Câmara

atualizado

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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

As urnas das eleições 2018 barraram os filhos de antigos nomes da política do Rio, dois deles se encontram na prisão da Operação Lava Jato. Neste domingo (7/10) os eleitores disseram não a Danielle Cunha e a Marco Antônio Cabral, e também a Leonardo Picciani e Marcelo Crivella Filho. Todos disputavam uma cadeira na Câmara, mas ficaram no meio do caminho.

Danielle é filha do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB/RJ), preso pela Operação Lava Jato desde outubro de 2016. Marco Antônio é filho do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB), condenado a 183 anos de reclusão e já sob custódia desde novembro de 2016.

Leonardo Picciani, ex-ministro do Esporte, é filho de Jorge Picciani, também alvo da Lava Jato – Picciani, o pai, presidente afastado da Assembleia Legislativa fluminense, chegou a ser preso em 2017.

Marcelo Crivella Filho também não se deu bem. Filho do prefeito do Rio Marcelo Crivella (PRP), ele conquistou 35.677 votos, pouco para alcançar a meta, amargando a sexta colocação do PRB.

O filho de Cabral, condenado por improbidade administrativa na semana passada ao supostamente dar 23 “carteiradas” para visitar o pai em dias e horários proibidos no Bangu 8, exibiu desempenho mais pífio ainda nas urnas, com 19.659 votos, ou 100 mil a menos que no pleito de 2014.

Danielle Cunha, por sua vez, passou longe da Câmara – o Rio lhe deu 13.424 votos. Já Leonardo Picciani, ex-ministro do Esporte que mirava a reeleição, pegou 38.665 votos e também ficou fora.

Exceção
Mas nem todos os herdeiros de antigos nomes da política foram alijados. É o caso de duas filhas de Anthony Garotinho (PRP), ele próprio barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral da disputa pelo governo do Rio.

Clarissa Garotinho, do Pros, teve 35.131 votos e conseguiu uma cadeira na Câmara. Em 2014, ela foi a segunda mais votada do estado com mais de 335 mil votos. A queda de 300 mil votos foi a maior entre todos os que concorreram nas duas eleições no Rio, mas Clarissa conseguiu manter sua cadeira na Câmara. E Wladimir Garotinho, seu irmão, foi eleito pelo PRP com 39.398 votos.

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