No Rio, Bolsonaro diz que escola não pode formar “militante político”
Presidente comparou funcionamento de colégios a quartéis e disse que é preciso ter hierarquia
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viajou ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira (14/8) e participou da inauguração de uma escola cívico-militar na capital fluminense. Último a discursar no evento, Bolsonaro disse esperar que a escola forme bons profissionais e não “militantes políticos”.
O chefe do Executivo adotou uma intensa agenda de viagens pelo país desde que se recuperou do novo coronavírus. A partir de então, já visitou a Bahia, Piauí, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará e Rio de Janeiro.
“O Brasil estava na contramão da Educação, e isso se comprovava com o Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes], que acontece de 3 em 3 anos. Hoje nós somos sempre o antepenúltimo, penúltimo ou último lugar entre esses 70 países”, disse. “Isso não se muda de uma hora pra outra. Onde tem que começar a mudar? Nas escolas, onde temos ótimos professores, mas temos que dar meios para cumprir o seu trabalho. É quase como um quartel, se não tiver hierarquia e disciplina ele não cumpre com sua missão”, completou.
Para o presidente, esse jovem com “seus 20, 21, 22, 25 anos, ele seja formado um bom profissional. Vai ser um bom empregado, um bom patrão, um bom liberal, e não apenas, como acontece em parte do Brasil ainda, apenas um militante político”, continuou.
A escola recebeu o nome de João Abreu, colega e contemporâneo de bolsonaro na brigada de infantaria paraquedista. O ex-capitão do exército compareceu à cerimônia acompanhado dos ministros da Educação, Milton Ribeiro, do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do filho Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).