No retorno da CCJ, Alcolumbre ignora sabatina de Mendonça ao STF
Indicação do ex-AGU pelo presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) vai completar quatro meses
atualizado
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O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou, nesta quarta-feira (10/11), que o colegiado “voltará à normalidade”, mas ignorou a sabatina do ex-ministro André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Supremo Tribunal Federal (STF) há quase quatro meses.
Na abertura da reunião desta quarta-feira, o parlamentar disse que a partir de hoje a CCJ retomará os trabalhos, com sessões preferencialmente às quartas-feiras. Alcolumbre também afirmou que definirá com o vice-presidente do colegiado, Antonio Anastasia (PSD-MG), a pauta de prioridades. Contudo, não mencionou as sabatinas pendentes na comissão.
O senador pelo Amapá atribuiu a paralisação das reuniões da comissão aos trabalhos da CPI da Covid-19, que funcionava no mesmo plenário da CCJ. “Só lembrar que a CPI da Covid funcionava nesse plenário. Então, a gente tem que botar na balança que não dava para chegar e cancelar a reunião da CPI para fazer a agenda da CCJ, porque só tinha esse plenário aqui”, alegou.
Após as orientações iniciais, o senador Espiridião Amin (PP-SC) rebateu o presidente do CCJ e cobrou a marcação da sabatina de Mendonça.
“Não aceito as colocações feitas. O espaço aqui [no Senado] é grande, a CCJ ou CPI tinham várias salas para escolher se quisessem funcionar. A CCJ tinha que funcionar, mas isso já passou. Se vossa excelência quer dar curso normal, eu não posso deixar de fazer o reparo. Não tinha motivos para não funcionar. Todas as outras comissões funcionaram”, afirmou Amin. Alcolumbre não respondeu.
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu que as comissões façam um esforço concentrado para analisar as indicações de autoridades entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro.