No JN, Alckmin prega reformas e é cobrado por denúncias contra aliados
Presidenciável tucano foi o terceiro candidato entrevistado pelo telejornal nesta semana. Nesta quinta, Marina Silva será sabatinada
atualizado
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Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República, reafirmou, nesta quarta-feira (29/8), que a única garantia para o Brasil voltar a crescer será implementar reformas, principalmente a política. O tucano assegurou, ainda, não passar a mão na cabeça de integrantes do partido às voltas com pendências judiciais, como o senador Aécio Neves (MG) e o ex-governador mineiro Eduardo Azeredo. As declarações foram dadas em sabatina ao Jornal Nacional, da TV Globo.
O ex-chefe do Executivo de São Paulo foi o terceiro candidato a ocupar a bancada do Jornal Nacional nesta semana. O tucano focou na necessidade de o eleito em outubro promover reformas para o país, especificamente a política. “Não é possível ter 35 partidos políticos no Brasil”, disse. “O país precisa de reformas, para ter emprego e oportunidades para voltar a ser um Brasil de oportunidade para todos e não deixar ninguém para trás”, completou.
Alckmin foi confrontado pelos entrevistadores sobre o fato de ter fechado aliança com o Centrão e, mesmo cobrando ética de legendas adversárias, unir-se a políticos representantes do autêntico “toma-lá-dá-cá”. O ex-governador de São Paulo rebateu: todos os partidos têm bons quadros. Como exemplo, citou sua candidata a vice, a senadora gaúcha Ana Amélia, filiada ao PP, como uma mulher séria e ética. “Vou governar com os melhores quadros de todos os partidos”, disse o tucano.
O presidenciável também teve de explicar os motivos pelos quais colegas de legenda “envolvidos em corrupção”, como Aécio Neves e “condenado e cumprindo pena”, como Eduardo Azeredo, ainda estarem no partido. E foi questionado sobre o porquê, de como presidente do PSDB, não ter pedido a expulsão desses dois nomes.
Alckmin respondeu que Aécio ainda não foi condenado. “Ele está sendo investigado e vai responder na Justiça. Nós não passamos a mão na cabeça de ninguém: quem errou, paga pelo erro. Quem for absolvido, será absolvido”. Ele ainda reiterou que Azeredo está afastado da política há muito tempo.
Porém, foi questionado se “não há incômodo ou constrangimento de manter Azeredo no PSDB” e se a “ética defendida pelo o PSDB com tanta veemência e cobrada dos partidos adversários não vale para os tucanos”. Alckmin preferiu alfinetar o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril após condenação em segunda instância na Lava Jato.
Nós não vamos para a porta de penitenciárias para contestar a Justiça, não transformamos réus em vítimas, não desmoralizamos as instituições. No caso do Aécio, o partido tomou a atitude correta: ele foi afastado, fez nova eleição e elegeu uma nova direção partidária e o Aécio responde da Justiça
Geraldo Alckmin
Na bancada
Após o JN, Alckmin concedeu entrevista à GloboNews. Ciro Gomes foi o primeiro presidenciável a ser sabatinado pelo Jornal Nacional e pelo Jornal das Dez, do canal a cabo, nessa segunda (27/8). Na terça, foi a vez de Ciro Gomes (PDT). Nesta quinta (30), Marina Silva (Rede) será sabatinada. A participação do ex-presidente Lula foi vetada: a TV Globo e a GloboNews convidaram apenas os candidatos melhor pontuados em recentes pesquisas eleitorais e que poderiam participar presencialmente dos telejornais.