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Nestas eleições, 1,4 mil candidatos podem concorrer sub judice

As campanhas continuam até que os recursos contra os indeferimentos sejam julgados definitivamente

atualizado

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TSE Brasilia
1 de 1 TSE Brasilia - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Cerca de 1.400 políticos que tiveram seus registros barrados pela Justiça Eleitoral e recorreram da decisão poderão concorrer nas eleições 2018 com nome, foto e número na urna eletrônica. Para esses candidatos, a campanha continua até que o recurso contra o indeferimento seja julgado definitivamente.

Nos casos de registros barrados, os votos são computados, mas não aparecem nos resultados oficiais até que todos os recursos sejam julgados. Se o candidato conseguir reverter a decisão, seus votos serão divulgados. A diplomação do político em caso de vitória também depende do deferimento do registro.

Do total de postulantes com situação pendente, 12 disputam o cargo de governador, 26 de senador, 462 de deputado federal e 855 de deputado estadual. O levantamento foi feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base em estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atualizadas até o início da noite dessa quinta-feira (20). O número de candidatos sub judice deve cair nos próximos dias, conforme os recursos forem sendo julgados pelo TSE e tribunais regionais eleitorais.

Garotinho
O Rio de Janeiro lidera entre os estados, com 338 políticos barrados que tentam reverter a decisão. Desses, o mais conhecido é o ex-governador do estado Anthony Garotinho (PRP), candidato ao governo fluminense e que teve o registro indeferido em função de uma condenação do Tribunal de Justiça do Rio. A suspeita recai sobre desvios de R$ 234,4 milhões na área da saúde nos anos de 2005 e 2006, quando ele ocupava o cargo de secretário de estado.

O advogado Thiago de Godoy acredita que a defesa conseguirá o deferimento do registro de candidatura de Garotinho. “A Lei da Ficha Limpa deixa inelegível quem for condenado por ato doloso de improbidade que cause dano ao erário e enriquecimento ilícito, e a jurisprudência do TSE exige que estejam presentes esses três requisitos, o que não é o caso do Garotinho”, disse Godoy.

Atleta
São Paulo aparece em segundo lugar. No estado, 232 candidatos tiveram seus registros indeferidos pelo Tribunal Regional Eleitoral. Estreante em eleições, a atleta olímpica Maurren Maggi (PSB), ganhadora da medalha de ouro no salto em distância dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, tenta uma vaga no Senado pelo estado. A Procuradoria Regional Eleitoral impugnou a candidatura da atleta alegando ausência de quitação eleitoral de seus suplentes. O TRE-SP acolheu a contestação e indeferiu o registro da candidata.

A defesa de Maurren Maggi informou que apresentou os documentos de seus suplentes na quarta-feira (19): “Assim, nos próximos dias, a candidatura estará deferida, sem a necessidade de interposição de recurso ao TSE”.

O secretário-geral do PDT, Manoel Dias, que chefiou o Ministério do Trabalho no governo Dilma Rousseff (PT), também recorre de uma decisão que indeferiu sua candidatura a deputado federal. A Procuradoria Regional Eleitoral impugnou o registro do pedetista após o Tribunal de Contas do estado julgar irregulares as contas públicas quando ele foi presidente do diretório estadual do partido. Anderson Pomini, que integra a defesa do ex-ministro, afirmou que o TRE de Santa Catarina deve julgar o recurso do candidato e deferir o pedido.

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