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Nelson Teich toma posse como novo ministro da Saúde

Oncologista foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro nessa quinta-feira, após a saída de Luiz Henrique Mandetta

atualizado

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Nelson Teich, novo ministro da Saúde
1 de 1 Nelson Teich, novo ministro da Saúde - Foto: Carolina Antunes/PR

O médico oncologista Nelson Teich tomou posse como novo ministro da Saúde na manhã desta sexta-feira (17/04), em cerimônia no Palácio do Planalto. Apesar de os eventos ocorrerem normalmente no Salão Nobre, com muitos convidados, incluindo parlamentares e representantes de categorias, a transferência do cargo será no Salão Oeste, de onde o governo tem feito pronunciamentos e entrevistas coletivas.

No início da cerimônia, o agora ex-ministro Luiz Henrique Mandetta agradeceu o presidente Jair Bolsonaro e lembrou alguns feitos da equipe que esteve no comando da Saúde no último ano. Em seguida, o chefe do Executivo assinou o termo de posse de Nelson Teich.

No discurso, o oncologista pregou união e afirmou que chefiar a pasta é “o maior desafio da vida profissional”. Ele ainda reforçou a necessidade de buscar mais informação sobre o coronavírus. “Toda a Saúde tem que estar atenta”, avaliou.

Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro disse, nessa quinta-feira (17/04), ter “alinhamento completo” com o novo chefe. Teich evitou falar de mudanças imediatas nas regras de isolamento e distanciamento por conta do novo coronavírus, mas mostrou-se inclinado a dar mais atenção à retomada de atividades e consequente recuperação econômica.

“Sobre distanciamento social: não vai haver qualquer definição brusca ou radical do que vai acontecer. Vamos começar falando sobre a polarização que está acontecendo entre a saúde e a economia. Esse tipo de problema é desastroso porque trata estratégias complementares e sinérgicas como se fossem antagônicas”, disse o ministro, no primeiro pronunciamento, nessa quinta-feira (16/04) .

Antes de virar ministro, Teich evitou criticar diretamente Mandetta e disse que o isolamento horizontal, com restrições de atividades não essenciais era a melhor maneira de enfrentar a Covid-19 no momento.

Discurso de despedida

Em um último encontro com servidores do Ministério do Saúde, próximo à galeria de fotos de ex-ministros da pasta, Luiz Henrique Mandetta fez uma declaração emocionante aos agora ex-funcionários, que não contiveram as lágrimas. “A gente ficou extremamente unido por causa da nossa luta intransigente pela vida. Pelo SUS, pela ciência, pelos pilares que movem cada um de vocês”, disse o ex-ministro, em vídeo que circula nas redes sociais.

“A gente tem que pensar na Cracolândia, a gente tem que pensar na favela, nos bairros mais humildes. E temos de proteger nossos idosos, porque é neles que está a sabedoria, o conhecimento. Não são em nenhum momento e não serão em hipótese alguma descartáveis. E jamais serão um ponto em estatística seja sob o argumento que for, da economia que for e onde quer que seja”, disse.

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