Nelson Barbosa estuda uso de parte de multa do FGTS para quitar crédito consignado
Após reunião fechada com cerca de 30 investidores e operadores do setor de investidores durante o Fórum Econômico Mundial, o ministro disse que “há grande interesse dos estrangeiros por novos projetos no Brasil”
atualizado
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O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, explicou nesta sexta-feira (22/1), que parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) poderia ser garantia financeira em operações de crédito consignado. Segundo Barbosa, em caso de demissão do trabalhador uma parcela da multa aplicada sobre o total de FGTS poderia eventualmente ser usada para quitar a operação de crédito consignado.
Barbosa esclareceu que apenas uma parcela da multa seria destinado a esse fim e que esse porcentual, ainda não definido, poderia oscilar entre 60% a 70%. Ele esclareceu também que a medida, proposta pelo setor bancário, ainda não está decidida.
O ministro participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Barbosa avaliou hoje que há grande interesse de estrangeiros para novos investimentos em projetos de infraestrutura no Brasil Para facilitar a atração desses recursos, o ministro prometeu iniciativas para reduzir a burocracia e fomentar a elaboração de novos projetos.
Após reunião fechada com cerca de 30 investidores e operadores do setor de investidores durante o Fórum Econômico Mundial, o ministro disse que “há grande interesse dos estrangeiros por novos projetos no Brasil”. Apesar do interesse, o fluxo de recursos não é maior porque empresas demonstram cautela e apontam problemas como o risco embutido nos processos de licença e a falta de um banco de projetos com maior número de empreendimentos disponíveis para investimento.
No encontro, também estava presente o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que apresentou a experiência e os projetos daquele país.
Barbosa explicou que esses problemas têm soluções encaminhadas, como a padronização dos procedimentos para desenvolvimento de projetos, criação um banco de projetos – trabalho em colaboração com o G-20 – e a redução dos procedimentos burocráticos.
O ministro brasileiro também citou o trabalho que vem sendo feito pelo governo para transformação de projetos de infraestrutura já em funcionamento – o chamado “brownfield” – em novos projetos – o “greenfield”. Barbosa deu como exemplo a Rodovia Presidente Dutra, que terá a concessão renovada e, para isso, exigirá novos investimentos na estrada.