“Não vai ter sacanagem nas eleições”, diz Bolsonaro sobre 2022
Presidente reforçou que acompanhamento do processo eleitoral pelas Forças Armadas vai acabar com a suspeição
atualizado
Compartilhar notícia
Em agenda em Campinas (SP), nesta sexta-feira (8/10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que “não vai ter sacanagem nas eleições” de 2022.
“O ano que vem tem eleições, vamos renovar, prestigiar quem fez um bom trabalho e renovar. Pode ter certeza que não vai ter sacanagem nas eleições”, afirmou ele em discurso na 1ª Feira Brasileira do Nióbio.
Em seguida, Bolsonaro saudou a participação das Forças Armadas no processo eleitoral. Como resposta aos ataques às urnas eletrônicas feitos pelo próprio presidente e seus aliados, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou uma comissão da transparência para o próximo pleito, que terá participação dos militares na fiscalização.
“Convidaram as Forças Armadas, nós aceitamos e vamos participar de todo o processo eleitoral. Vamos acabar com a suspeição”, assinalou Bolsonaro.
Após derrota imposta pela Câmara dos Deputados, que rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso, o mandatário recuou da defesa do voto impresso e agora tem apresentado a tese de que o acompanhamento do processo pelos militares vai garantir confiança no pleito.
Abertura dos códigos-fontes
Esta semana, representantes das Forças Armadas, partidos políticos e PF acompanharam a abertura dos códigos-fontes das urnas eletrônicas. O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, antecipou a abertura dos códigos-fonte, que era feita seis meses antes do pleito,
A disponibilização antecipada do código-fonte foi determinada em resolução do TSE aprovada por unanimidade pela Corte Eleitoral na última terça-feira (28/9). A nova norma alterou a Resolução TSE nº 23.603, de 2019, que trata sobre os procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação.
No evento, ao agradecer a presença dos presidentes de 22 partidos políticos e de vários representantes da sociedade civil no evento, o ministro Barroso lembrou que o sistema eleitoral flui há muito tempo e flui bem.
“Infelizmente, as pessoas não tinham a preocupação em acompanhar a abertura do código-fonte. Não há nenhum segredo: esse é um sistema que está em vigor desde 1996, pelo qual foram eleitos todos os parlamentares que estão aqui. Estamos todos empenhados em prover a sociedade de eleições limpas, seguras e auditáveis”, disse.
Barroso afirmou ainda que a discussão sobre o voto impresso está encerrada e comemorou que “finalmente o defunto foi enterrado”.