Não vacinado, Bolsonaro vai à Assembleia da ONU, que exige comprovante de imunização
Carta enviada a diplomatas informa a necessidade de comprovar a imunização. Há divergências sobre a aplicação da regra a chefes de Estado
atualizado
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Em carta enviada a diplomatas do mundo todo, a Organização das Nações Unidas (ONU) comunicou que haverá exigência de comprovante de imunização contra Covid-19 para que as autoridades possam acessar o plenário onde acontecerá a 76ª Assembleia Geral, na próxima semana. O fórum deve contar com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que diz ainda não ter sido vacinado. A informação é do Estado de S.Paulo.
O texto que informa a necessidade de comprovação de imunização, de autoria da prefeitura de Nova York, foi recebido pelo presidente da Assembleia Geral, Abdullah Shahid, e repassado aos países.
Segundo Shahid, “a prova de vacinação é exigida para certas atividades em ambientes internos, incluindo a sede das Nações Unidas”. “Eu apoio fortemente essa medida como um importante passo no nosso retorno a uma Assembleia Geral totalmente funcional”, disse o presidente do fórum.
Na carta, Shahid não define se os chefes de Estado também estarão submetidos à exigência. O Metrópoles perguntou à Presidência da República, ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) e ao Consulado do Brasil em Nova York se o presidente Jair Bolsonaro terá que apresentar o cartão de vacina, mas não obteve retorno.
Sem vacina
O mandatário da República diz não ter se vacinado contra Covid-19. No início de agosto, Bolsonaro enfatizou que só tomaria uma fórmula que lhe permitisse “viajar ao mundo todo”, ao criticar a Coronavac.
“Vou tomar a vacina que possa entrar no mundo todo. Não posso tomar essa vacina lá de São Paulo, que não está aceita na Europa nem dos Estados Unidos. Eu viajo o mundo todo”, disse.
O chefe do Executivo federal vem afirmando que só receberá o imunizante depois que todos os brasileiros tiverem recebido a inoculação do fármaco.
Desde segunda-feira (13/9), a prefeitura de Nova York passou a fiscalizar a regra estabelecida em agosto que exige comprovante de vacinação para entrar na área fechada de bares e restaurantes, por exemplo. Com isso, mesmo que possa comparecer à ONU, o presidente brasileiro deverá ter circulação limitada na cidade.