“Não tem que ter medo do povo”, diz futuro ministro sobre posse
Futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, disse que o PT encara a questão de segurança na posse com naturalidade
atualizado
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O futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, disse que o PT encara a questão de segurança na posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro de 2023, com naturalidade.
Faltando menos de uma semana para o grande evento de posse do presidente eleito, explosivos foram encontrados em duas regiões de Brasília, capital federal. No sábado, as forças policiais interceptaram a tentativa de detonação de uma bomba em um caminhão de querosene no Aeroporto de Brasília. O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, foi preso.
“A questão da segurança é uma questão de Estado, como em qualquer posse de um estadista do porte de um país como o Brasil. Nós não temos preocupação em relação a isso não. Os órgãos de Estado têm a obrigação de tratar disso e vão tratar como qualquer democracia do porte de um país importante como o nosso”, afirmou Macêdo ao chegar às dependências do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, onde funciona o gabinete de transição.
Em seguida, o futuro ministro indicou que não causa preocupação a quantidade de público esperado no festival de música que é organizado em paralelo à cerimônia oficial de posse.
“Quanto mais o povo tiver, melhor. Não tem que ter medo do povo. O povo é sempre uma coisa boa [quando está] presente”, afirmou.
“Tem uma programação muito bem estruturada tanto do ponto de vista da posse formal, que tem já um roteiro pré-estabelecido pelo Estado brasileiro, pelos órgãos de Estado, e tem a posse popular, que está sendo organizada pelo partido e pelos movimentos sociais, que nós estamos com a perspectiva de ser um momento de comemoração do povo brasileiro, um momento de que as pessoas possam confraternizar esse novo momento que o país está vivendo, de reunificação do país, de dar boas-vindas ao novo presidente e ao novo projeto que entrará em curso no país. Nós estamos tratando isso com normalidade, como foram as outras posses que tivemos.”
Questionado sobre a atuação da polícia diante da tentativa de atentado no último final de semana no Aeroporto Internacional de Brasília, o auxiliar de Lula respondeu:
“Eu acho que a polícia agiu com rapidez, desmontou. Eu acho que isso é importante, que os órgãos de Estado possam tocar isso. E espero que o governo atual, que está saindo, não incentive esse tipo de ação, que respeite o processo democrático e a transição democrática, como é natural em qualquer democracia no mundo”.
Macêdo é deputado federal por Sergipe e foi tesoureiro da campanha de Lula em 2022.
No governo Lula, a Secretaria-Geral será responsável pela interlocução do governo com os movimentos sociais e por cuidar da burocracia administrativa da Presidência e do presidente. A pasta tem assento no Palácio do Planalto.