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“Não se combate corrupção apenas com condenações”, diz Moro

O ex-juiz federal tomou posse na pasta da Justiça e Segurança Pública na manhã desta quarta-feira (2/1)

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CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
SÉRGIO MORO/COLETIVA DE IMPRENSA NA SEDE DA JUSTIÇA FEDERAL
1 de 1 SÉRGIO MORO/COLETIVA DE IMPRENSA NA SEDE DA JUSTIÇA FEDERAL - Foto: CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Com o discurso de que terá, como ministro, mais poder para combater a corrupção no país, Sérgio Moro assumiu oficialmente, nesta quarta-feira (2/1), o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública do novo governo. Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz federal deixou a carreira para compor a equipe do presidente Jair Bolsonaro.

“Como juiz em Curitiba, pouco pude fazer para mudar isso. Mas, no governo federal, isso será diferente”, disse Moro durante a solenidade de posse.

Participam da cerimônia os ex-ministros Raul Jungmann (Segurança Pública) e Torquato Jardim (Justiça); o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli; o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Luiz Otávio de Noronha; o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas; e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia.

“O senhor [Moro] teve um comportamento de respeito e cordialidade com a gente. Por isso, eu não poderia faltar hoje”, ressaltou Jungmann, em discurso de abertura da cerimônia.

Sérgio Moro foi juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba. Por ter comandado a Operação Lava Jato em 1ª Instância desde 2014, é considerado “herói” por grupos anticorrupção. Foi o responsável pela condenação inicial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um processo relativo ao triplex do Guarujá (SP).

Na gestão Bolsonaro, Moro terá sob sua responsabilidade temas de grande interesse do presidente eleito, como medidas anticorrupção e investimentos em segurança pública.

Moro leva ao governo federal figuras que o acompanharam ao longo da Lava Jato. É o caso de Érika Marena e Rosalvo Ferreira, ex-agentes federais. Eles serão, respectivamente, diretora do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) e secretário de Operações Policiais Integradas.

Sobre o ministro
Nascido em Maringá, norte do Paraná, em 1º de agosto de 1972, Sérgio Moro formou-se em direito em 1995, pela Universidade Estadual de Maringá. O ex-juiz é filho de Odete Satarki Moro, professora aposentada, e Dalton Áureo Moro, ex-professor de Geografia da Universidade Estadual de Maringá, falecido em 2005. Moro é casado com a advogada Rosângela Wolff Quadros, com quem tem dois filhos.

Tornou-se juiz federal um ano após sua graduação, em 1996. Recebeu os títulos de mestre (2000) e doutor (2002) pela Universidade Federal do Paraná. A partir de 2007, passou a ministrar aulas de direito processual penal na mesma instituição de ensino.

Sérgio Moro trabalhou em casos como o escândalo do Banestado e a Operação Farol da Colina. Também auxiliou, no Supremo Tribunal Federal, a ministra Rosa Weber durante o julgamento dos crimes relativos ao escândalo do Mensalão. Em 2016, licenciou-se do cargo de professor para se dedicar à Operação Lava Jato – força-tarefa que conferiu ao ex-juiz notoriedade nacional e internacional.

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