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“Não podemos admitir eleições suspeitas”, diz Bolsonaro

Presidente voltou a questionar sistema eleitoral e afirmou “não ter cabimento” sua vitória apenas em segundo turno no pleito de 2018

atualizado

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Bolsonaro no STF
1 de 1 Bolsonaro no STF - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a questionar o sistema eleitoral brasileiro e a defender a aprovação do voto impresso nas eleições de 2022. O mandatário tem dito que a impressão do voto é uma forma de garantir a transparência no pleito, apesar de instituições e autoridades já terem comprovado a lisura do processo eleitoral.

“Tem um ministro do Supremo Tribunal Federal contra a transparência das eleições. A que ponto nós chegamos? Aquela máxima de esquerda ‘ganha eleição não é quem vota, é quem conta os votos’ é o que está em andamento para o ano que vem”, declarou o chefe do Executivo em conversa com apoiadores nesta terça-feira (20/7), na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro não citou nominalmente o ministro, mas ele tem feito críticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que também integra a Suprema Corte. A frase citada pelo presidente é atribuída ao ex-ditador soviético Joseph Stalin (1858-1953) e já foi mencionada em outras ocasiões pelo deputado e filho do mandatário do país, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Em seguida, Bolsonaro disse que não irá admitir “eleições suspeitas” e falou “não ter cabimento” sua vitória apenas em segundo turno no pleito de 2018.

“Não podemos admitir umas eleições suspeitas, como já tivemos em 2014, tivemos em 2018. Não tem cabimento eu não ter ganho no primeiro turno em 2018, não tem cabimento”, prosseguiu Bolsonaro.

Mais cedo, Bolsonaro adiantou que vai apresentar na próxima semana provas de fraude nas eleições de 2014, nas quais, segundo alega, o candidato Aécio Neves (PSDB) teria vencido a então presidente Dilma Rousseff (PT).

Em entrevista à rádio Itatiaia, o mandatário do país afirmou que um “hacker do bem” fará apresentação à imprensa no Palácio do Planalto com fotografia minuto a minuto.

Nesta terça, o chefe do Executivo também voltou a citar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve ser seu principal adversário no pleito de 2022, e o atacou pela defesa dos regimes cubano e chinês.

“Teve uma palavra do Lula e Dilma a favor que o povo tá querendo liberdade em Cuba? Tem nada”, disse. “Ele defendeu o Partido Comunista chinês, falou que o partido é forte. Falou que vai fazer o controle social da mídia. Ele continua falando besteira aí, tudo que não queremos. Tudo que esse cara faz vai contra a família, contra a religião, contra os valores. Esse pessoal só vai à igreja em época de eleição.”

A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi registrada por um canal no YouTube simpático ao presidente.

PEC do voto impresso

A proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o assunto encontra resistência na Câmara. Na semana passada, para evitar derrota, a base do governo na Câmara conseguiu adiar a votação do parecer do relator do projeto, deputado Filipe Barros (PSL-SP).

O presidente da comissão especial que debate a proposta, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), convocou nova reunião para 5 de agosto, ou seja, após o recesso parlamentar.

Numa manobra regimental, Martins argumentou que Barros solicitou mais tempo para fazer modificações no texto, a pedido de outros deputados da comissão.

Se aprovada na comissão, a proposta segue para votação no plenário da Câmara. A PEC é de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF) e teve a constitucionalidade aprovada, em dezembro de 2019, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

Por se tratar de uma PEC, o texto precisa do aval de 308 deputados, em dois turnos de votação. Se aprovado, vai para análise dos senadores.

A proposta prevê a inclusão de um artigo na Constituição Federal para que, “na votação e apuração de eleições, plebiscitos e referendos, seja obrigatória a expedição de cédulas físicas, conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”.

“Eu não acredito mais que passe na Câmara o voto impresso, tá? A gente faz o possível. Vamos ver como é que fica aí”, disse o presidente durante conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada. A declaração foi transmitida por um canal simpatizante ao governo.

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