“Não pode ser uma guerra”, diz Lula sobre troca da direção-geral da PF
Segundo ele, é necessário averiguar se há “uma relação suspeita” entre Ramagem e o presidente Bolsonaro, mas que não deve “haver guerra”
atualizado
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (30/04), que a troca no comando da Polícia Federal, desejada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), “não é o maior problema”. Segundo ele, o chefe do Executivo tem autonomia para tal indicação.
“O fato de o delegado ser amigo de Bolsonaro… tem que averiguar se há uma relação suspeita. Eu acho que não pode ser uma guerra a troca do delegado da PF”, declarou Lula, em entrevista ao portal Uol, sem muitas críticas a Bolsonaro.
O petista afirmou que, o que não pode, é o presidente indicar alguém politicamente. “O que é importante é que você trate a instituição de forma republicana. A instituição não é do presidente”, falou. Segundo Lula, o maior problema de Bolsonaro é a “falta de capacidade de governança”.
“Lambe botas de Bolsonaro”
Lula citou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, afirmando que ele tentou ser mais importante que Bolsonaro e, por isso, caiu. “Moro queria ser mais importante. Ele só queria comer a carne. Ele não queria o feijão com arroz”, avaliou.
Para o ex-presidente, Moro foi um “lambe botas do presidente”, até o dia que saiu do governo. O petista avaliou o comentário positivo de Moro sobre a autonomia que o governo do PT dava aos ministros como “mau-caratismo”. “Utilizou o PT para atacar o Bolsonaro”, disse.