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Não me preocupo com delação de Delcídio, afirma Renan Calheiros

O senador teria sido citado em uma delação premiada feita pelo ex-líder do governo na Casa

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conduz sessão deliberativa
1 de 1 O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conduz sessão deliberativa - Foto: Divulgação

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na tarde desta quarta-feira (9/3) que não se preocupa com a delação premiada feita pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS). Conforme reportagens publicadas hoje pela imprensa, o peemedebista seria um dos citados pelo petista na colaboração premiada que fez com investigadores da Operação Lava Jato e que ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

“Sinceramente não vi (as reportagens) e não tenho preocupação. Nunca cometi impropriedades, tudo que disseram até aqui foi por ‘ouvi dizer’. Não há nenhuma prova e não haverá nenhuma prova. Estou à disposição para colaborar com qualquer investigação”, disse Renan, na chegada a seu gabinete.

O presidente do Senado disse que nenhum homem público é imune a investigação. “Sou responsável pelos meus atos. Não tenho preocupação com o que A, B, C ou D dizem, interpretam, ouviram dizer nos corredores ou no mercado. O papel de cada um é se defender, é o que estou fazendo”, disse, num recado a Delcídio.

Reunião com Lula
Em recado indireto às investigações da Operação Lava Jato, Renan afirmou que o gesto político de ter presenteado com um exemplar da Constituição o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na saída do café da manhã com mais de 20 senadores do qual foi anfitrião nesta quarta (9), tem por objetivo mostrar que ninguém é contra as apurações, desde que elas respeitem o ordenamento jurídico brasileiro.

“É preciso que as investigações avancem, mas no devido processo legal, com liberdade de expressão, com direito de defesa, com presunção de inocência como diz a Constituição Federal”, disse Renan, em entrevista na chegada a seu gabinete após o encontro com o ex-presidente de três horas na residência oficial do Senado. “Há uma Constituição no Estado democrático de direito que precisa ser respeitada”, destacou.

Assim como o ex-presidente, que reclamou no encontro que a Operação Lava Jato está “forçando a barra” para prendê-lo após a condução coercitiva de que foi alvo na sexta-feira passada, Renan também tem se queixado nos bastidores da forma como as investigações da Operação Lava Jato têm sido conduzidas. Ele é alvo de seis inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao classificar a conversa como “muito boa”, o presidente do Senado afirmou que Lula se mostrou disposto a ouvir os senadores, durante o encontro, e que frisou que ele quer “colaborar para não colocar fogo no País”.

Renan salientou que o ex-presidente disse ser de uma geração que “conquistou” a democracia, que está em seu período mais longevo. Segundo o peemedebista, ele não quer colaborar com o acirramento da crise, e sim para o caminho da “paz e da conciliação”.

Ministro
Questionado sobre notícias de que Lula poderia assumir um ministério, Renan disse que não falaria por hipótese. Mas disse que, falando do ponto de vista pessoal, Lula não precisa integrar o primeiro escalão do governo da presidente Dilma Rousseff para ajudar a gestão da petista.

A cúpula petista e ministros com assento no Palácio do Planalto têm defendido que o ex-presidente vire ministro, o que retiraria as investigações contra ele da condução do juiz Sérgio Moro para serem tocadas pelo STF.

O presidente do Senado disse que, no encontro com Lula, não se falou de impeachment nem da convenção do PMDB marcada para o sábado (12), em que o partido poderá discutir se desembarcará do governo.

Havia a expectativa de que o ex-presidente fizesse um apelo para que o PMDB se mantivesse na base aliada, mesmo diante do agravamento da crise. “Não tratamos de impeachment. Falamos da crise econômica e política. Precisa ter um cavalo de pau para que o Brasil retome o crescimento. É isso que precisamos fazer”, resumiu o peemedebista.

Renan disse que pretende ouvir também os ex-presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso a fim de discutir saídas para superar as crises política e econômica.

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