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Não há razão para PSDB continuar no governo após reformas, diz Alckmin

O governador de São Paulo também ponderou que um eventual desembarque pode tumultuar ainda mais o momento político do Brasil

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Rovena Rosa/Agência Brasil
Alckmin fala sobre perspectivas e investimentos para 2016
1 de 1 Alckmin fala sobre perspectivas e investimentos para 2016 - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Às vésperas de uma reunião que deverá reunir as principais lideranças tucanas para discutir o possível desembarque do PSDB da base aliada do governo do presidente Michel Temer (PMDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), indicou, neste domingo (9/7), que, por ele, a legenda romperia a aliança. O chefe do Executivo paulista também destacou que a decisão de seu partido sobre a permanência ou não na gestão do peemedebista é questão de semanas.

Mas o governador ponderou que o partido tem responsabilidade com o Brasil e que um eventual desembarque pode gerar tumulto em um momento em que o governo federal já encontra dificuldades para aprovar a reforma trabalhista.

“Eu encerraria (a aliança). Vamos ter, na terça-feira (11), a decisão da questão trabalhista. É questão de semanas (para o PSDB tomar uma decisão). Olha que não fui favorável a entrar no governo, mas acho que nós deveremos encerrar esse período (das reformas). Depois disso, vejo que não há nenhuma razão para o PSDB participar do governo”, opinou.

O governador reiterou o compromisso do partido com as reformas, mas adiantou que não vê motivo para o PSDB participar do governo depois da votação da reforma trabalhista, prevista para esta terça-feira, no Senado. Alckmin citou ainda que o partido deve aguardar a reforma política, que “também tem data”. Na sua avaliação, os tucanos devem ajudar o Brasil, “mas sem precisar participar do governo”.

Alckmin voltou a defender que o compromisso de seu partido não deve ser com o governo e muito menos com cargos. “Aliás, lá atrás (desde que Temer assumiu o comando do País) já tinha defendido que nós deveríamos aprovar todas as medidas de interesse do Brasil, as reformas, sem participar com cargos no governo”, frisou.

O governador não confirmou se a reunião de emergência prevista para esta segunda-feira (10), em São Paulo e que deverá reunir as principais lideranças tucanas, como governadores e parlamentares, está confirmada. Ele adiantou, porém, que este encontro não deverá ser o que baterá o martelo sobre os rumos da aliança do partido com o governo Temer.

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