Não há razão para PSDB continuar no governo após reformas, diz Alckmin
O governador de São Paulo também ponderou que um eventual desembarque pode tumultuar ainda mais o momento político do Brasil
atualizado
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Às vésperas de uma reunião que deverá reunir as principais lideranças tucanas para discutir o possível desembarque do PSDB da base aliada do governo do presidente Michel Temer (PMDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), indicou, neste domingo (9/7), que, por ele, a legenda romperia a aliança. O chefe do Executivo paulista também destacou que a decisão de seu partido sobre a permanência ou não na gestão do peemedebista é questão de semanas.
Mas o governador ponderou que o partido tem responsabilidade com o Brasil e que um eventual desembarque pode gerar tumulto em um momento em que o governo federal já encontra dificuldades para aprovar a reforma trabalhista.
O governador reiterou o compromisso do partido com as reformas, mas adiantou que não vê motivo para o PSDB participar do governo depois da votação da reforma trabalhista, prevista para esta terça-feira, no Senado. Alckmin citou ainda que o partido deve aguardar a reforma política, que “também tem data”. Na sua avaliação, os tucanos devem ajudar o Brasil, “mas sem precisar participar do governo”.
Alckmin voltou a defender que o compromisso de seu partido não deve ser com o governo e muito menos com cargos. “Aliás, lá atrás (desde que Temer assumiu o comando do País) já tinha defendido que nós deveríamos aprovar todas as medidas de interesse do Brasil, as reformas, sem participar com cargos no governo”, frisou.
O governador não confirmou se a reunião de emergência prevista para esta segunda-feira (10), em São Paulo e que deverá reunir as principais lideranças tucanas, como governadores e parlamentares, está confirmada. Ele adiantou, porém, que este encontro não deverá ser o que baterá o martelo sobre os rumos da aliança do partido com o governo Temer.