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“Não fico feliz em conceder auxílios, mas é necessário”, diz Bolsonaro

Presidente disse que informais estão hoje vivendo de “favores do Estado”, mas que benefício visa conter problemas ainda maiores no país

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Hugo Barreto/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante anúncio de investimentos para o Programa Águas Brasileiras
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante anúncio de investimentos para o Programa Águas Brasileiras - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na manhã desta quarta-feira (7/4), que gostaria de não conceder auxílios à população, mas justificou que são necessários para evitar problemas ainda maiores no país. Ao citar os milhões de trabalhadores informais, ele disse que o grupo está vivendo de “favores do Estado” em razão das medidas restritivas adotadas para conter a disseminação da Covid-19.

“Nós temos por volta de 38 milhões de informais, que viviam fazendo o quê? De bico, vendendo algo em praça pública, num cruzamento, na praia, no estádio, nas arquibancadas. E estão fazendo o que hoje em dia? Nada. Vivendo de favores do Estado. Eu não fico feliz em conceder auxílios, gostaria que não fosse necessário isso, mas é para evitar o mal maior”, afirmou em Chapecó (SC), onde cumpre agenda nesta quarta.

O governo federal começou a pagar, nesta terça-feira (6/4), as novas parcelas do auxílio emergencial — agora destinado a um público menor, de 45,6 milhões de pessoas, e em um valor mais baixo, de no máximo R$ 375 mensais por família.

No ano passado, o governo deu o auxílio a quase 68 milhões de brasileiros — ou seja, houve um corte superior a 22 milhões de pessoas (o equivalente a um terço do total) nesse período.

O Ministério da Cidadania prevê o pagamento de quatro parcelas mensais de R$ 250. Mulheres chefes de família monoparental, no entanto, terão direito a R$ 375 e indivíduos que moram sozinhos (ou seja, família unipessoal) receberão apenas R$ 150 mensais.

“Vírus veio para ficar”

O mandatário disse também que o vírus da Covid-19 veio para ficar e novamente atacou o fechamento do comércio em estados e municípios e saiu em defesa do chamado tratamento precoce.

“Nós temos que buscar alternativas, o próprio ministro disse: liberdade para o médico. Vamos buscar alternativas, não vamos aceitar a política do ‘fique em casa’, feche tudo, lockdown. O vírus não vai embora. Esse vírus, como outros, vieram para ficar e vão ficar a vida toda. É praticamente impossível erradicá-lo. E até lá, vamos fazer o quê? Ver o nosso país empobrecer ou ver pessoas, como existem milhões por aí, completamente esquecidas, abandonadas, sem nada para comer?”

Agenda no Sul

O presidente visitou o Centro Avançado de Atendimento à Covid-19 no estado. Estavam presentes no evento o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), e a governadora em exercício de Santa Catarina, Daniela Reinehr (sem partido).

Acompanham o presidente na agenda no Sul do país os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni.

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Ministro Marcelo Queiroga
Prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD)
Daniela Reinehr (sem partido), governadora em exercício de Santa Catarina
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Ministro Marcelo Queiroga

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Prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD)

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Daniela Reinehr (sem partido), governadora em exercício de Santa Catarina

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Após Chapecó, Bolsonaro terá agenda em Foz do Iguaçu (PR), para acompanhar o término da obra da pista de pouso e decolagem, além de inaugurar o novo pátio de manobras e a duplicação da via de acesso ao aeroporto da região.

O titular do Planalto também participará da cerimônia de posse do novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, general João Francisco Ferreira.

À noite, em São Paulo, o presidente vai se reunir com grandes empresários brasileiros. O objetivo do encontro, articulado pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, é reaproximar o mandatário da República dos responsáveis pelo mercado financeiro.

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